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Hospital Tacchini identifica novas variantes da Covid-19 na Serra Gaúcha

por Denise Furlanetto
Foto: Alexandre Brusa

Ainda em março, o Hospital Tacchini de Bento Gonçalves, identificou pacientes com diagnóstico positivo de Covid-19, cujo ciclo de agravamento ocorreu de forma mais precoce do que antes se verificava. Então, a instituição tomou a iniciativa de enviar para análise amostras de 11 diferentes casos, a fim de ajudar a identificar possíveis novas cepas de coronavírus na região. Dentre os casos, quatro deles foram confirmados como sendo da linhagem P.1; outros três, da variante P.2; e mais dois, como B 1.1.28. As duas amostras restantes foram consideradas inconclusivas.

O material foi coletado a partir de pacientes com moradia fixa em Bento Gonçalves,  Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Serafina Corrêa, confirmando a disseminação de variantes virais em diferentes pontos da Serra gaúcha. O sequenciamento do RNA das amostras de Sars-Cov-2 foi realizado pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo (RS), comandado pelo virologista Fernando Spilki.

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o agravamento da pandemia no Brasil ocorreu a partir de duas linhagens virais, uma delas a B.1.1.28, identificada inicialmente no Amazonas. Foi ela que, após mutações, originou a variante P.1, encontrada também no Amazonas, e a P.2, descrita pela primeira vez no Rio de Janeiro. Ambas são consideradas "variantes de preocupação", e apresentam modificações na proteína spike, estrutura do vírus que se conecta às células humanas.

Mesmo antes da conclusão das análises, o Tacchini reorientou suas equipes técnicas, redobrando o rigor no uso de EPIs. De acordo com Nicole Golin, infectologista da instituição de saúde, a confirmação da presença das novas variantes reforça ainda mais a necessidade de cuidados preventivos por parte da população. 

— Quanto maior a disseminação do vírus, maior a velocidade de replicação viral e, consequentemente, maior a probabilidade de surgimento de novas mutações e variantes. Por isso, é fundamental a continuidade das medidas de prevenção, que são a higienização frequente das mãos, uso de máscara e evitar aglomerações — alerta Nicole.

A partir dessas descobertas, volta o questionamento: "Vacinas fazem efeito em novas cepas?". Até o momento, os imunizantes disponíveis mostraram boa eficácia sobre as variantes citadas. Contudo, a infectologista lembra que, se a disseminação do vírus seguir no ritmo atual, novas variantes e mutações podem aparecer e afetar a resposta à vacinação, considerada a principal arma para o enfrentamento da pandemia até o momento.

Fonte: Jornal Pioneiro

 

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