Valdecir Ferri é a oitava vítima da Covid-19 em Garibaldi
- Um homem calmo, visionário, alegre, atencioso e trabalhador - é assim que descreve o filho Márcio Ferri ao falar do pai e empresário Valdecir Ferri que morreu de Covid-19 no último domingo, dia 2.08.
Ele estava internado na UTI do hospital São Carlos de Farroupilha e não resistiu. Ferri sofria hipertensão e também vinha recebendo acompanhamento médico por problema renal. Mas para isso, não fazia tratamento medicamentoso, somente tinha por recomendação ingerir bastante líquido durante o dia para que o rim funcionasse adequadamente.
O filho diz que o pai ficou internado no hospital São Pedro e a expectativa era de que ele tivesse alta em poucos dias, porque estava se sentindo bem, quando tiveram a surpresa do agravamento de sua situação. Primeiro a necessidade de oxigênio e depois a intubação.
- A minha última lembrança dele, é saindo da ambulância na transferência a Farroupilha, em frente ao hospital São Carlos. Depois conseguimos ainda um contato com ele por telefone, mas quando foi intubado daí recebíamos somente informações do seu estado de saúde. Mantínhamos sempre a esperança, mas ele partiu, sem ao menos conseguirmos fazer uma despedida. O sepultamento ocorreu às 13h de domingo, no cemitério do Borghetto-, diz o filho.
Toda a família passou por coronavírus, mesmo adotando todos os cuidados. Cada um teve um sintoma diferente. Um dos primeiros sintomas que o patriarca referiu foi calor no rosto, depois a perda do paladar. Ele até fez um teste rápido particular, mas o resultado foi falso/negativo e depois com a hospitalização a comprovação da infecção.
Valdecir era um empreendedor e junto com seus dois filhos Márcio e Rogério montou duas empresas uma de fabricação de chapéus de palha e outra de fabricação de cordas para a pecuária. Essas cordas, inclusive, ganharam mercado internacional. As empresas são Ferri Indústria de Chapéus de Palhas e Acordas Tecnologia e Qualidade situadas no Borghetto, onde as famílias residem.
Ele adorava fazer as entregas dos seus produtos direto para o cliente. Por 50 anos fez esse trabalho, de colocar os produtos no caminhão e junto com o filho fazer as entregas pelo Rio Grande afora.
O filho lembra que há dez anos, ele sofreu um acidente automobilístico e por um milagre não ficou paraplégico. E isso fez aumentar ainda mais a sua fé. Ajudava como voluntário na comunidade e gostava de fazer jantares para os amigos.
Valdecir Ferri deixou a esposa Naides Sartori Ferri, os filhos Márcio e Rogério, as noras Isabel e Jandira e, duas netas Manuela e Alana.
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