A Secretaria da Educação (Seduc) organizou uma live para apresentar o tema da segurança nas escolas, em razão dos últimos acontecimentos envolvendo ameaças a esses ambientes. O encontro, realizado no Palácio Piratini, teve a presença da secretária da Educação, Raquel Teixeira, do subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares, e, de forma remota, da psicanalista clínica Maysa Bernardes Balduíno. A transmissão ocorreu pelo canal TV Seduc RS no YouTube.

Raquel começou o encontro apresentando a cartilha “Paz e segurança nas escolas: em busca de um clima escolar, seguro e acolhedor”. O material, que será distribuído para as equipes diretivas, apresenta orientações sobre combate à desinformação, uso de redes sociais por estudantes e pais, ações de protocolos de segurança e reforço de efetivo da Brigada Militar no patrulhamento escolar. O material também divulga as ações integradas de inteligência das forças de segurança pública e do programa Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (Cipave+), que combate a violência nas escolas, e os canais oficiais 190 da Brigada Militar e o 181 do disque-denúncia. 

O Cipave+ está incluído no Núcleo de Cuidado e Bem-Estar Escolar, criado em 2023. Funciona diretamente nas escolas da Rede, com atividades de conscientização e orientação, além de atuar no desenvolvimento de protocolos de convivência para identificação e promoção de uma cultura de paz nas escolas. Na cartilha, ainda é informado que a Seduc oferecerá, a partir de maio, uma Trilha Formativa de Convivência, com o objetivo de ajudar os profissionais da educação nos desafios que envolvem convivência, clima escolar, saúde mental e mediação de conflitos. A trilha tem o apoio do Instituto Península por meio do programa Vivescer.

O subcomandante-geral da Brigada Militar enalteceu a mobilização das forças de segurança para garantir a tranquilidade das famílias nas escolas gaúchas. “A Brigada Militar está, hoje, com o objetivo marcante de trazer calma à comunidade escolar. Nós temos, neste momento, 2.095 policiais militares voltados para o patrulhamento escolar e temos feito uma média de 2 mil visitas em escolas. Além disso, é preciso que as pessoas nos avisem, por meio do 190, qualquer movimentação suspeita. Isso vai auxiliar no nosso trabalho e no nosso empenho em proteger a sociedade”, afirma o Coronel Douglas.

A partir dessas ações integradas, a recomendação é de que não haja alteração na rotina das escolas e que funcionários, professores e alunos sigam mantendo as atividades normalmente. Após a exposição dos palestrantes, a coordenadora do Núcleo de Cuidado e Bem-Estar Escolar, Salete Maria Kirst, e a representante das Cipave+, Maria Luísa Giacobbo, apresentaram os elementos dos eixos de prevenção à violência.

O atendimento com assistentes sociais e psicólogos é oferecido pelas Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) para atender as demandas socioemocionais dos estudantes e do corpo docente. Além disso, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), os estudantes são encaminhados para atendimento nas unidades básicas de saúde da sua região.

As escolas estaduais também contam com equipes das Cipave+, que realizam ações de conscientização, prevenção e combate à violência por meio de atividades como palestras, dinâmicas, rodas de conversa e círculos da paz, entre outros.

Ações efetivas para garantir a segurança

As secretarias da Educação e de Segurança Pública e o Ministério Público do Rio Grande do Sul estão atuando no reforço da segurança no ambiente escolar por meio das forças de inteligência, na identificação imediata de qualquer suspeita e na intensificação dos protocolos de segurança. Além disso, mais 1,7 mil policiais militares estão nas ruas reforçando a patrulha escolar, com presença próxima das instituições e acompanhando o movimento da comunidade nos arredores.