Presidente da Feconsepro fala sobre a segurança no Estado e sugere maior envolvimento dos municípios
Para Adilson Frá, criação da Guarda Municipal pode trazer uma maior sensação de segurança
Foto: João Paulo Deluca
As medidas adotadas pelo governo José Ivo Sartori (PMDB) na área de segurança tiveram reflexos no aumento do número de pedidos de aposentadoria de brigadianos e de policiais civis. Essas medidas, como aumento do tempo de serviço, corte de horas extras e a não contratação de novos servidores fizeram com que muitos profissionais antecipassem o pedido de aposentadoria.
Essa falta de profissionais está deixando o Estado com sensação de insegurança, segundo o presidente da Federação dos Conselhos Pró-Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Feconsepro-RS), o garibaldense Adilson Frá.
Na Brigada Militar, foram encaminhados 2.099 pedidos de aposentadorias de soldado até coronel ao longo de 2015 e 1.264 em 2014. Pela lei aprovada em 1997, a Brigada Militar deveria ter um efetivo de 36 mil brigadianos. No entanto, hoje, em pleno 2016, o número seria de 15 mil policiais. Quando esses policiais ingressaram no cargo a realidade de aposentadoria era para a Brigada Miliar os homens se aposentarem com 30 anos de serviço, e as mulheres, com 25.
Na Polícia Civil, a situação não é muito diferente. O número de pedidos de aposentadoria também aumentou consideravelmente no ano passado. Em 2015, foram registradas 429 licitações contra 254, em 2014. O presidente da Feconsepro diz que tem participado de encontros na Secretaria Estadual de Segurança e sempre é dito que faltam recursos devido a crise no Estado.
Frá diz que o Estado não está fazendo a sua parte e a solução para a segurança deverá passar por uma mudança em cada município que deverá assumir também esta área. Ele sugeriu, inclusive, que as Prefeituras, junto com órgãos e entidades do judiciário, avaliem a criação de guardas municipais.
Confira a fala do presidente da Feconsepro, Adilson Frá, clicando no link "Escute a notícia".
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