Delegado deve ouvir familiares e pessoas próximas de Júlia Carnizella, encontrada morta em Caxias do Sul
Seu corpo foi cremado
O delegado Caio Márcio Fernandes, titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa de Caxias do Sul, em entrevista à Rádio Garibaldi, nesta terça-feira, 1/11, disse que está investigando a morte da garibaldense, Júlia Carnizella, ocorrido no domingo à noite, em Caxias Sul. Ele não descarta prática de feminicídio, e nem outra linha que possa elucidar esse crime.
O fato de ter sido em Caxias do Sul, segundo o delegado, foi um acaso. Ele entende que não há um fato concreto que relaciona sua morte com a cidade. O delegado aguarda a passagem da cerimônia de despedida e luto para depois tomar depoimentos de familiares da vítima e de pessoas que ela tinha algum vínculo de relacionamentos.
O que há de concreto na investigação e que irá se confirmar nos elementos periciais é de que a jovem foi morta dentro do carro por uma pessoa que ela tinha alguma relação ou conhecimento. – O contexto do crime sugere que ela estava com alguém que tinha o mínimo de confiança, fruto de alguma carona. O fato de ter ocorrido em Caxias foi circunstanacial. O executor estava sentado próximo da vítima no carro -, diz o delegado.
A jovem não tinha antecedentes e estudava Medicina Veterinária na UCS de Caxias do Sul, sempre com boa participação nas aulas. O corpo de Júlia foi velado na Sala B do Memorial Caravággio e às 10h da manhã de hoje seguiu para o crematório de Caxias do Sul.
(entrevista em escute a notícia)
Do ocorrido- Júlia Carnizella foi encontrada morta na noite de domingo, 30/10, em Caxias do Sul. O corpo dela estava próximo ao Porto Seco, na entrada do bairro Nossa Senhora da Saúde, às margens da Rota do Sol, RS-453. De acordo com a polícia, um popular, ao passar pela rotatória de retorno em frente ao Porto Seco, entre os bairros Santo Antônio e Pôr do Sol, encontrou a jovem caída, por volta de 22h. Perto de onde estava o corpo de Júlia, em direção ao bairro Nossa Senhora da Saúde, a polícia encontrou o carro da vítima, um Golf, com placas de Garibaldi, parcialmente incendiado. A vítima foi atingida por diversos disparos de arma de fogo. São pelo menos sete perfurações de entrada, cinco na parte da cabeça e duas no braço esquerdo, além de um tiro com a arma encostada na vítima. O 4º Batalhão de Choque da Brigada Militar prendeu um foragido da Justiça depois de serem informados que ele podia ter relação com a morte da jovem. A prisão ocorreu por volta das 23h30min, na Rua Sebastião Neris de Campos. De acordo com a polícia, durante patrulhamento tático motorizado, a equipe recebeu a informação do setor de inteligência que um dos possíveis autores da morte da jovem estaria no bairro Desvio Rizzo. A equipe foi até o local e abordou o jovem de 25 anos. Ele tem antecedentes por tráfico de drogas, furto qualificado e roubo a pedestre. De acordo com o delegado Caio, a delegada plantonista no momento da detenção entendeu que não havia elementos suficientes para lavratura de flagrante pela morte da jovem.
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