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Pensando Bem: você já esqueceu alguma coisa?

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Acompanhe todas as segundas-feiras o programa com os comentários de Frei Aldo Colombo

Foto: Lilian Donadelli

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 31/07, Frei Aldo Colombo faz uma reflexão sobre os achados e perdidos desta vida:

"Há 150 anos atrás, o escritor Émile Zola definiu as cidades modernas, especialmente Paris e Milão, como formigueiros humanos. Ficando na comparação, São Paulo é um gigantesco formigueiro humano, com 19,2 milhões de habitantes. Neste formigueiro, onde todos andam depressa, onde todos parecem ter objetivos bem definidos, não faltam as galerias subterrâneas. É o metrô.

Em operação desde 1974, o metrô possui uma extensão de 74,3 quilômetros de linhas ferroviárias, ligadas por 64 estações. Diariamente quatro milhões de pessoas circulam por ele, um número superior à população do Uruguai. A empresa investe sempre em novas estações.

Na Estação da Sé, no centro da capital, situa-se a secção de Achados e Perdidos. Ali acabam os mais diferentes objetos esquecidos, alguns um tanto curiosos. É o caso de cadeira de rodas, muletas, bicicletas, micro-ondas, mochilas, muitos celulares e guarda-chuvas, peças de vestuário, dentaduras, documentos, carteiras com ou sem dinheiro... Destaque especial para os livros: os sucessos editoriais chegam ao local cerca de um ano após seu lançamento.

Mais de 70 mil objetos são perdidos a cada ano e o depósito cresce cada vez mais. Apenas 30% dos objetos são recuperados. Tudo o que é encontrado é catalogado e passa a figurar na Internet.

Algumas curiosidades: uma senhora perdeu a papelada com que ia encaminhar a aposentadoria, um senhor perdeu os documentos de uma casa comprada, uma carta de amor, escrita em 1920, foi recuperada e chegou às mãos de sua destinatária. Uma menina de quatro anos chegou a adoecer por causa de uma boneca perdida e – felizmente - recuperada. Nos Achados e Perdidos não se encontram apenas objetos, mas também histórias de vida.

Antônio é considerado o santo dos coisas perdidas. Um anel, uma chave, um documento, desapareceram. Depois de procurar inutilmente, o pedido ao santo e o objeto reaparece. Bem que o santo poderia ajudar a encontrar coisas perdidas e – muitas delas não procuradas – mas que fazem muita falta ao nosso tempo.

Reencontrar a vergonha perdida, reencontrar a ética. Reencontrar o tempo para a oração, o valor da palavra dada, reencontrar a solidez das famílias, o respeito pela mulher, o cuidado com os idosos, doentes e crianças.

Nem tudo o que é velho é bom, nem tudo o que é novo é mau. O Evangelho recomenda escolher, no baú do tempo, coisas novas e velhas ( Mt 13,51)".

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