Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher é tema de reflexão para região de Soledade
20 anos da instituição da data ainda causa reflexão em todo o mundo
Há vinte anos a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas estabeleceu o Dia 25 de Novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. A data é uma homenagem a três mulheres denominadas "Las Mariposas".
No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana.
Gerando uma grande comoção mundial, a data foi instituída pela ONU em lembrança ao ocorrido. O objetivo é durante este dia no ano buscar reflexões sobre a situação de violência em que vive considerável parte das mulheres em todo o mundo.
A Tua Rádio Cristal conversou com a advogada da Comissão da Mulher Advogada da OAB Subseção de Soledade, Carina Ruas Balestreri, sobre a data e sua importância também a nível Brasil e Soledade.
Carina salientou que no Brasil, 43% das mulheres em situação de violência sofrem agressões diariamente; para 35%, a agressão é semanal e que em média, a cada 11 minutos uma mulher é estuprada em nosso país.
"Segundo a Unicef, mais de 100 milhões de meninas poderão ser vítimas de casamentos forçados durante a próxima década. Num ranking mundial que analisou a desigualdade de salários em 142 países, o Brasil ficou na posição 124", ressaltou.
A advogada afirmou ainda que segundo a ONU, 70% de todas as mulheres do planeta já sofreram ou sofrerão algum tipo de violência em, pelo menos, um momento de suas vidas — independente de nacionalidade, cultura, religião ou condição social.
Sobre a data, ela afirmou ainda que esta é uma causa humanitária. "É minha e sua, das crianças e idosos, dos ricos e pobres, dos brancos, pretos e coloridos. Não é preciso ser politicamente correto ou pertencer a algum partido", pontuou.
Balestreri falou ainda sobre a questão em Soledade, onde diversos casos são registrados diariamente.
"Apesar de termos ainda números alarmantes nos registros de ocorrências, felizmente já tivemos novidades, como é o caso das Sala das Margaridas que veio para amenizar esta questão em Soledade, mas temos muito pra evoluir", finalizou.
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