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"Viver bem a dois é ter paciência e conversar bastante", diz Maria

por Denise Furlanetto

Para você que não acredita mais no amor, acompanhe esta história apaixonante de Paulino e Maria que estão há 70 anos juntos

Foto: Divulgação

Paulino e Maria Polese Dartora irão celebrar, no dia 29 de julho, tendo por local a Igreja de Nossa Senhora do Sagrado Coração do bairro Chácaras, missa de Ação de Graças de Bodas de Vinho. Os dois têm 91 anos e estão juntos há 70 anos. Esta relação resultou em seis filhos Geni, Ivone, Marilene, Mareli, Marisa e Mariocir, 15 netos e 17 bisnetos.

Mesmo que a expectativa de vida para homens e mulheres tenha melhorado no Rio Grande do Sul, passando de 72,4 em 2000 para 77,8 em 2016, são poucos os casais que passam dos 90 anos e 70 anos de casados.

O Saúde e Bem Estar foi conhecer um pouco da vida dos dois e buscar algumas lições de vida. Encontramos Maria, no mercado Dartora, conversando com os clientes. Ela nos acompanha até sua casa, onde estava Paulino.

Os dois começam a falar de suas lembranças de uma vida longa e apaixonante. Maria diz que namorava um outro rapaz, ele a deixou, oportunidade em que Paulino se apresentou num baile. Namoraram por um ano e se casaram, porque ele comprou um moinho em sociedade e precisava da ajuda da mulher para tocar a vida.

“Assim foi com a minha filha Mareli”, diz Maria. O Peluiz estava abrindo um negócio em Garibaldi e precisava de uma companheira para sua vida, casa, e veio nos pedir a filha em casamento. E assim eles abriram a loja Andreolio.

Depois de alguns anos, em Putinga, o moinho pegou fogo. Era hora da família buscar novos rumos e assim também vieram a Garibaldi, estabelecendo-se no bairro Chácaras, onde abriram um bar e mercado. Hoje o Mercado Dartora está completando 38 anos de existência e em sociedade com o filho.

“Eu não sou capaz de ficar longe do mercado, ali a gente conversa com as pessoas e passa o dia, senão só eu e ele, não temos muitos casos para contar. Eu faço chimarrão ofereço pra um pra outro e assim passa o dia. É no meio da companhia que é bom de ficar”, rindo diz Maria com seus lindos olhos azuis.

Também Maria deixa um conselho àquelas pessoas que não acreditam mais na união, no amor. Esse mesmo conselho ela ouvia de sua avó e sua mãe que passou para seus filhos: “O que vale é ter paciência entre os dois. Assim a gente segue em frente. E o importante é conversar. Se a gente tem alguma coisa pra dizer, tem que falar, não ficar de burro, não ficar sem falar. Assim você deita com o coração tranquilo, por ter resolvido o assunto e na outra manhã levanta igual, como se nada tivesse acontecido”.

A espiritualidade também sempre se fez presente na vida do casal. Em Putinga, o casal ajudava no salão e igreja da comunidade. Em Garibaldi, seguiram isso, ajudando a igreja e salão do bairro Chácaras. Maria diz que agora ajuda um pouco menos, mas sempre auxiliava na limpeza da igreja e a trocar as toalhas.

Eles nos levaram até a igreja e contam a história de todos os santos presentes, quem ofereceu a imagem, a reforma para construção da sala de catequese, enfim, tudo muito presente na memória dos dois. Maria também diz que rezar em família é importante. Lembra da reza do terço, em casa, ajoelhados.

Sobre a alimentação, os dois dizem que não falta feijão, arroz e carne, praticamente todos os dias. Mas também não faltam os remédios para a longevidade.

Todos os filhos têm uma veia de empreendedorismo, atuando no comércio ou prestação de serviços, inspirando-se nas escolhas dos pais. Lamenta a perda de dois genros, pessoas boas, disse ela, mas cada um tem um destino.

Acompanhe a matéria completa em escute a entrevista.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Garibaldi

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