A sala de sessões da Câmara de Vereadores de Garibaldi lotou nesta terça-feira, 26/04, para a Sessão Solene em homenagem aos 120 anos da presença dos Capuchinhos no Rio Grande do Sul. A solenidade contou com a presença de todos os vereadores, prefeito Antônio Cettolin, vice-prefeito Antônio Fachinelli, representantes de movimentos ligados à igreja, entre outras autoridades.

O presidente da Câmara, Luiz Flori Castro e os demais vereadores puderam externar a gratidão sentida pela comunidade garibaldense aos freis, representados pelo provincial, frei Cleonir Dalbosco, pelo pároco da Paróquia São Pedro, frei Jadir Segala, e pelos demais freis da Paróquia: Aldo Colombo, Clemente Dotti e Agenor Pitt.

Em seu discurso, o presidente Castro falou da atuação dos Capuchinhos, e da perseverança na evangelização da comunidade.

O prefeito Antonio Cettolin destacou a importância dos freis no município, cuidando da pastoral, enquanto as Irmãs de São José cuidavam da saúde e os Irmãos Maristas zelavam pela educação.

O frei Jadir Segala falou, com emoção, dos diversos freis que, com alegria, desempenharam o seu papel, em uma comunidade que os acolheu como "i nostri frati".

Já o provincial, frei Cleonir Dalbosco, destacou que a comunidade garibaldense, juntamente com os Capuchinhos, deve comemorar estes 120 anos, construídos em parceria.

Foi entregue uma placa aos Capuchinhos, assinada por todos os vereadores, simbolizando esta homenagem do Legislativo Municipal.

História

Foi em 1896 que chegaram da Província de Savoia, na França, à antiga colônia Conde D`Eu (hoje Garibaldi), os freis Bruno de Gillonnay e frei Leão de Montsapey, acompanhados do Provincial, Rafael De La Roche ao Sul do Brasil. Eles viajaram de vapor pelo Rio Caí até Montenegro e, após, prosseguiram em uma carroça até à sede da Colônia Conde d’Eu, onde chegaram pela tardinha do dia 18 de janeiro de 1896, data que marca a fundação da Missão dos Capuchinhos no Rio Grande do Sul.

Frei Rafael, depois de visitar algumas comunidades do interior da Colônia, voltou a Porto Alegre e acertou com o bispo as condições da fundação canônica da missão, regressando definitivamente para Savoia. A atuação capuchinha no Rio Grande do Sul foi alicerçada por frei Bruno de Gillonnay, em cinco direções: Missões populares; Pastoral paroquial; Escolas vocacionais; Ensino para os filhos dos imigrantes e Imprensa.

Passados 120 anos de presença no Rio Grande do Sul, a ação dos Capuchinhos, hoje, abrange missões populares, ações sociais (com mais de 20 projetos), pastoral paroquial e hospitalar, animação vocacional e escolas formativas, escola superior de teologia, museu, meios de comunicação (jornais, rádios em redes, sites e plataformas mobile), gráficas, centro de eventos e pousadas voltadas ao turismo e saúde sempre com a marca da alegria franciscana, da simplicidade e disponibilidade para atender as carências da sociedade, testemunhando o carisma do fundador Francisco de Assis.

O entusiasmo missionário já levou os Capuchinhos gaúchos a atuar em Portugal, em vários países da África, na Nicarágua, na República Dominicana, França, Haiti, Brasil Central (Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Goiás), interior de São Paulo, Mato Grosso e Rondônia.