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A difícil rotina de conviver

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No programa Pensando Bem, Frei Aldo Colombo fala sobre o costume de pensar que “a culpa sempre é do outro”

Foto: Divulgação

No programa Pensando Bem desta segunda-feira, 09/01, Frei Aldo Colombo fala sobre o mau costume de acharmos que a culpa sempre é do outro:

"Era evidente que a esposa estava cada vez mais surda. Em função disso foi agendada uma consulta médica. Para adiantar o trabalho, a secretária pediu que fizessem um teste para avaliar o grau de surdez e facilitar o diagnóstico médico. O teste era bem simples. Sem olhar para ela, explicou, o senhor, a certa distância, fale normal, até perceber a que distância ela consegue ouvir. Quando retornar diga ao médico a que distância o senhor estava quando ela ouviu.

À noite, quando ela preparava o jantar, o marido resolveu fazer o teste. Ele estava a 15 metros de distância e perguntou: Claudia, o que temos para o jantar? Silêncio. Aproximou-se mais da esposa - dez metros - Claudia o que temos para jantar? Novo silêncio. E o silêncio se repetiu diante da mesma pergunta, desta vez a cinco metros. Por fim, a um metro de distância, repetiu a pergunta. Ela disse: Frango! É a quarta vez que lhe respondo

Esta atitude se repete, muitas vezes, na vida. Os outros, sempre os outros, são os culpados. Os outros que são surdos, os outros são os culpados. E isto não é de hoje. O esquema foi usado já na primeira manhã do mundo no Jardim Terreal. Questionado por Deus, Adão resolveu culpar a esposa, Eva. Ela não quis ficar com a culpa e apontou a serpente como a verdadeira culpada. E como os animais não falam, a questão terminou ai.

A sabedoria popular admite que errar é humano. Mais humano ainda é procurar um culpado pelos próprios erros. Tenta-se jogar fora a culpa com uma desculpa. O outro é a desculpa favorita. É o marido, é a mulher, são os filhos. As possibilidades crescem: os vizinhos, os políticos, o sócio, as más companhias...

Em sua jamais superada sabedoria, o Evangelho garante que a verdade - só a verdade - nos libertará ( Jo 8,32 ) A verdade é o chão sobre o qual podemos andar. A verdade é a possibilidade de mudar. Já Santo Agostinho dizia: se admitirmos o que somos, quem sabe, amanhã nos tornaremos o que pretendemos ser. Só admitindo com maturidade nossos defeitos, poderemos superá-los.

Não somos anjos, mas humanos. Ansiamos a perfeição, mas somos imperfeitos. Não será escondendo nosso lado de sombras que alcançaremos a luz. Não será negando nossas limitações que conseguiremos superá-las. A realidade é o chão sobre o qual andamos. É preciso admitir o chão para dar mais um passo. Não querer admitir o erro é perigoso. É fácil enganar os outros e mais perigoso enganar a nós mesmos. Esconder a sujeira debaixo do tapete é atitude infantil. Nós sabemos que a sujeira continua lá."

Acompanhe o programa completo no link, "Escute a Notícia".

 

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