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Caminhoneiros gaúchos não apoiam possível paralisação da classe

Baixar Áudio por Marcus Vinicius Prates de Souza

O momento é de transportar os grãos da atual safra

Tiago Flores, vice-presidente da ACS
Foto: Paulinho Paes/Tua Rádio Cristal

O boato de uma suposta paralisação dos caminhoneiros foi rechaçada por Tiago Flores, vice-presidente da Associação dos Caminhoneiros de Soledade – ACS.

Em entrevista à Tua Rádio Cristal, na manhã desta segunda-feira, 13/04, Tiago falou que houve contato com lideranças de Ijuí e Palmeira das Missões e estes não se mostraram favoráveis a nenhuma paralisação ou algo do tipo, portanto negando o seu apoio.

Flores teceu alguns comentários no intuito de explicar o porquê de não aceitarem a proposta oriunda da região de Goiás, segundo ele, um dos principais motivos é a queda de preço do óleo diesel que, conforme Tiago, desde o início de 2020 já foi de R$ 0,80 (oitenta centavos), o que se tornou bem acessível para a classe.

Outro fator apontado por Tiago Flores é a questão do baixo volume de grãos desta atual safra, por este motivo é necessário aproveitar as oportunidades para ganhar o frete e não ficar parado. “Não vamos parar neste momento”, disse.

Questionado sobre as dificuldades encontradas na estrada em virtude do coronavírus, Flores disse que para aqueles profissionais que transportam grãos e insumos este problema não existe, pois os mesmos te, em seus caminhões a cozinha, a geladeira e seus suprimentos, tornando a vida mais fácil.

Já os profissionais que transportam combustíveis, venenos e afins, estes estão encontrando algumas dificuldades, especialmente na alimentação e higiene, no entanto, recentemente os restaurantes estão, mesmo que com limitações, fazendo o atendimento.

Portos, cerealistas, graneleiros e afins mudaram sua forma de atender os profissionais da boléia, não há mais o contato entre pessoas, tudo está muito controlado, segundo relato de Tiago Flores.

Ainda sobre a possível paralisação foi dito por Flores que “se houver este movimento no centro do país dificilmente afetará o Rio Grande do Sul, pois produzimos quase tudo o que consumimos”, citou.

Ouça a entrevista com Tiago Flores, na íntegra, no player de áudio acima.

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