Um dos principais tipos de ocorrência registrados pela Corporação de Bombeiros de Soledade e que mais geram esforço para os profissionais são os fogos em vegetação rasteiras na região. Na última semana, uma ocorrência apenas levou um trabalho de mais de 6 horas para ser concluída.

De acordo com o sargento Wagner Berton, da Corporação de Bombeiros de Soledade, os maiores índices de queimadas acontecem após o fim do inverno. A ocorrência em questão gerou um trabalho do início da noite até a madrugada para os bombeiros de Soledade em um dano ambiental de cerca de 10 hectares.

"Demandou muito esforço físico dos nossos profissionais. Começamos às 18h30 e conseguimos, por volta das 21h controlar. O vento aumentou e novamente combatemos as chamas até às 1h do outro dia, usando mais de 8 mil litros de água", afirmou.

Segundo Berton, é um serviço que parece que não rende, sendo muito esforço para pouco resultado. Para ele, esse tipo de ocorrências são perigosas para os bombeiros, porque ela é braçal, quando não cessa com água, tem que bater no fogo com um batedor, cansa muito e pode se tornar perigoso para o profissional.

"A gente sabe que é uma tática primitiva, mas causa inúmeros danos ao meio ambiente. Infelizmente, continua acontecendo. Não temos como comprovar, mas ouvimos que possa ter sido criminosos. Isso implica na destruição da flora que tem ali, com frequência vemos os animais mortos durante o combate e a fumaça é tóxica, ela polui o ar e pessoas que tem dificuldades respiratórias são as mais atingidas por essa fumaça", relatou.

Por se tratar de uma guarnição reduzida, na medida que está atendendo um fogo em mato, os bombeiros podem deixar de atender ocorrências mais graves como incêndio a residência ou um acidente veicular com vítima presa às ferragens. "A gente atende um e deixa a região desguarnecida, porque atendemos dez municípios", contou.

Em relação ao calor que também auxilia nesses tipos de ocorrências a proliferação das chamas, Berton lembrou que a elevação de temperaturas gera aumento no índice de afogamentos.

"Estatisticamente é a segunda principal causa de morte em crianças de 1 a 9 anos, então pedimos que crianças sempre estejam acompanhadas por adultos. Basta uma lâmina de água para a criança se afogar, e os principais locais de afogamento são os que achamos mais seguros, por estarem perto, ou em casa, como por exemplo as piscinas", finalizou.