"Os únicos presos somos nós e ninguém, nunca, vai tirar a gente dessa prisão"
Declaração é de Sérgio da Silva, presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria
Foto: Reprodução/Diário de Santa Maria
Na semana em que completa quatro anos, a maior tragédia do Rio Grande do Sul foi denunciada para a Organização dos Estados Americanos (OEA). A entidade, agora pede a responsabilização do Brasil pela omissão em relação aos problemas da Boate Kiss, onde um incêndio deixou 242 mortos e mais de 600 feridos. Desde aquela madrugada de 27 de janeiro de 2013, até hoje, quatro anos depois, ninguém foi efetivamente punido. Para o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, Sérgio da Silva, a única punição acontece para os pais e familiares daqueles jovens.
A denúncia da omissão partiu de várias entidades, entre elas a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa. Só foram julgados até agora quatro bombeiros. Um foi absolvido, dois condenados por descumprimento da lei de expedição de alvarás e o outro por fraude processual. Eles cumprem pena em liberdade. A associação recorreu à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, na tentativa de encontrar uma espécie de paz. Silva, explica ainda, que o papel da imprensa neste caso, tem sido de um psicólogo para os envolvidos.
Naquela madrugada, há quatro anos, duas jovens aqui da região estavam na Boate Kiss. A marauense Stefani Posser Simeoni, que morreu junto ao seu namorado, Guilherme Pontes e a casquense Cristina Peiter, que hoje mora com seu marido e uma filhinha, em Três de Maio, região Noroeste do Estado.
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