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A relação entre Brasil e China e a participação do Município de Marau nesse acordo

por Guilherme de Abreu

Texto de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

Um fato marcante que a mídia e os canais de comunicação vêm apresentando no último mês, é o reflexo da economia da China em declínio e prejudicando outras economias de Países emergentes como Brasil, por exemplo.

A China por ser uma das maiores potências do mundo adotou um modelo de economia na última década voltada ao consumo interno, limitaram os investimentos vindos do exterior e com isso as exportações chinesas reduziram, e o governo chinês viu a necessidade de desvalorizar sua moeda, provocando a queda no consumo e na demanda das famílias com o objetivo de que as importações tenham uma retomada significativa no curto prazo.

Cabe destacar que a China é essencial para o Brasil, se o comércio chinês reduzir os investimentos e financiamentos, para o Brasil pode aumentar. Ao mesmo tempo, bancos de desenvolvimento podem querer oportunidades para diversificar seus investimentos.

Sempre diante de uma recessão entre países, uns ganham, outros perdem. Um exemplo são as importações, a negociação entre Brasil e China, se deve ao fato dos produtos brasileiros terem preços mais elevados que os importados e com isso prejudica a indústria local. No município de Marau, no primeiro semestre de 2015, foi importado da China cerca de 6,62% do total das importações, totalizando US$ 1.133.862, um acréscimo de 22,82% em comparação com o mesmo período de 2014 (MDIC, 2014). Com a desvalorização do real que vem ocorrendo ao longo de 2015, os valores dos produtos importados tornaram-se mais altos, contudo aumentando os preços praticados no mercado interno.

A desaceleração deve diminuir o volume de exportação de mercadorias brasileiras relacionadas a bens de produção, como minério de ferro, celulose e papel, entre outros. No setor alimentício, que envolve também o município de Marau, é exportado soja e frango, a expectativa é que o volume de compras continue estável, já que a China depende destes produtos para alimentar sua população de 300 milhões de pessoas. Comparando com a realidade local, o município de Marau no primeiro semestre de 2015 contribui para 3,32% do total de exportação para a China, representando um montante de US$ 850. 558, constatando uma queda de 21,86% em comparação com o mesmo período de 2014, conforme o Mdic (2015).

O que pode ocorrer diante deste cenário pessimista é a desvalorização do preço das commodities agrícolas, pois, vão continuar vendendo grandes quantidades, mas a preços mais baratos. Para evitar a perda de dinheiro, cabe aos exportadores buscarem boas negociações com os compradores e buscar reduzir o custo interno de produção. Tentar absorver esse impacto sem gerar demissões brasileiras.

Uma grande vantagem que o Brasil pode encontrar com a recessão da China, é a oportunidade de tentar voltar à meta da inflação em 2016, a qual é difícil de acontecer, mas com a recessão na China possibilita essa vantagem. Com a redução das transações comerciais, entre países, pode haver redução dos preços de produtos domésticos no Brasil e isenta o Banco Central de aumentar os juros que vem ocorrendo para controlar a inflação.

Como a economia é cíclica, vale lembrar que em maio de 2015 foi realizado 35 acordos de cooperação entre Brasil e China a qual representa investimentos de US$ 53 bilhões, nos setores de energia, agricultura e pecuária, telecomunicações, infraestrutura, mineração, medicamentos e defesa. Com essa recessão que o Brasil enfrenta, ele importa tecnologia e exporta manufaturado, em toda sua série histórica. Sendo assim, o ideal seria propor um contato com a China e oportunizar as empresas que produzissem as importações, que se instalasse aqui para poder reduzir o preço dos produtos e oportunizar novos negócios favoráveis para nós brasileiros.

Texto de Rodrigo Ferneda, mestrando em administração

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