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“A pacificação se faz pela observância das regras constitucionais”

por Sidinei Antunes

Juiz eleitoral Marcel Andreata de Miranda avalia momento político do país

Foto: Camila Agostini / tuaradio

“Está bem claro que as pessoas que elegemos periodicamente nas eleições, pelo menos no âmbito federal, não estão representando os interesses da população”. As palavras são do juiz eleitoral de Marau, Marcel Andreata de Miranda. O magistrado aceitou o convite da Tua Rádio Alvorada e fez sua avaliação a respeito do momento político do país. Sobre o ano de 2016, manifestou descontentamento. Para 2017, não se mostrou otimista.

O juiz que comandou as eleições municipais de 2016 na 62ª Zona Eleitoral, com jurisdição nos municípios de Marau (sede), Camargo, Gentil, Nicolau Vergueiro, Nova Alvorada e Vila Maria, disse que diante do acirramento político que marcava o início do processo eleitoral, a própria Justiça se preparava para um pleito tomado por incidentes. Apesar disso, afirma o juiz, na comarca de Marau as eleições transcorreram com regularidade.

Mas o ano não termina bem, destaca o magistrado. “Basta ver o que aconteceu em Brasília e o que aconteceu em Porto Alegre, nos últimos dias. A tropa de choque impede a participação da população nas sessões, ninguém é ouvido para a votação de projetos de suma relevância. O Governo Sartori parece usar de expedientes não muito transparentes para conseguir aprovação de seus projetos. Não se consegue demonstrar, matematicamente, a necessidade do parcelamento dos salários dos servidores públicos estaduais, não há transparência nas isenções e denúncias fiscais, nem medidas para evitar a sonegação de impostos e cobrar a inadimplências”, lamenta o juiz que citou o Grupo RBS entre os sonegadores de impostos do estado. 

Marcel Andreata de Miranda disse ainda que a nação demanda de uma reforma política efetiva e que a crise de representatividade que se instaura decorre do fato de que muitas vezes, após a eleição, o eleito deixa de fazer política e passa a atender interesse da militância, do partido, dos doadores de campanha. Para o próximo ano, as expectativas do juiz não são das mais animadoras. Segundo ele, ainda nos primeiros meses de 2017, a tensão no terreno político poderá ter continuidade por conta do julgamento da ação proposta pelo PSDB, em 2015, visando a cassação do diploma expedido pela Justiça Eleitoral à ex-presidente Dilma e ao vice, Michel Temer – ouça a íntegra da entrevista no player de áudio.

Central de Conteúdo Unidade Tua Rádio Alvorada

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