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Nossos indicadores sociais

Miguel Debiasi

Estamos na era da informática. Isso possibilita que em questão de segundos possamos obter informações daquilo que acontece no mundo. Via internet, correios eletrônicos, telefonia móvel, têm-se acesso às informações 24 horas por dia. Entre os benefícios da informática, fomenta a procura por informações. Com essa ferramenta a pessoa pode acessar qualquer informação, como por exemplo com relação aos indicadores sociais.

Organismos internacionais, como a ONU (Organização das Nações Unidas), têm usado o termo indicador social para avaliar o desenvolvimento dos países. A classificação é designada em três níveis: os países ricos são designados como desenvolvidos; os países em desenvolvimento, como economia emergente; e os países pobres como subdesenvolvidos. Os organismos internacionais analisam os países em muitas áreas, como a expectativa média de anos de vida; a taxa de mortalidade infantil, que corresponde ao número de crianças que morrem antes de completar um ano.

Normalmente, os indicadores sociais analisam outras áreas, como anos de escolaridade e taxa de analfabetismo, que corresponde ao percentual de pessoas que não sabem ler e nem escrever; a RNB (Renda Nacional Bruta) per capita baseada na paridade de poder de compra das pessoas; a saúde, que corresponde à qualidade da saúde da população; a questão da alimentação, as condições médico-sanitárias, a qualidade de vida, o acesso ao consumo, etc. Esses estudos têm produzido um fenômeno inteiramente novo na história da humanidade, que é a constatação da verdadeira realidade de um país. De posse das informações os governos podem pensar suas políticas e recursos públicos em prol da melhor qualidade de vida das pessoas.

 

Então, de acordo com os índices constatados podem-se fomentar políticas públicas e criar projetos, serviços para melhorar as condições de vida. Com toda lógica pode-se dizer que um país encontra estabilidade quando seu indicador social atinge os índices satisfatórios ou próximos dos estabelecidos pelos organismos internacionais. Ao contrário, o país abaixo destes índices está em situação de instabilidade social.

Na escala de IDH de 2018 os três primeiros países foram Noruega, Suíça e Austrália. No caso do Brasil, os indicadores sociais mostram que apesar de ter subido sete posições desde 2012, e no último ranking ter ficado na 79ª posição, há três anos o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) está atrás Venezuela (78º lugar). Nosso país possui uma das piores concentrações de renda do mundo. Outro índice alarmante para o Brasil é que 6,27 milhões de pessoas foram lançadas abaixo da linha da pobreza num período de três anos. Como se não bastasse, o desemprego atingiu 12,9% dos trabalhadores. Somam-se a estes péssimos indicadores sociais que 1/3 dos jovens está fora do mercado de trabalho, sendo o pior índice entre os países da América do Sul.

 

Criado em 1990 pela ONU, além de mensurar o grau econômico das pessoas de um país, o IDH visa oferecer ao governo e à sociedade informações para uma melhor qualidade de vida da população. Segundo estudo da ONU, o IDH que avalia os países em uma escala de 0 a 1 não foi alcançado por nenhum país do mundo. Isto significa que atualmente as pessoas não têm uma condição de vida social e humana classificada como perfeita. A razão da não obtenção dos índices estabelecidos pela ONU parte do fato da discrepante diferença econômica que existe entre as classes sociais. O Brasil possui um dos piores indicadores sociais, visto ser um país que mantém a maior desigualdade social. Logo, para um desenvolvimento humano de melhor qualidade de vida há muito por fazer no Brasil, procurando espelhar-se no que funciona melhor em países irmãos aqui da América do Sul mesmo, como Chile (44º colocado), Argentina (47º) e Uruguai (56º).

 

 

Sobre o autor

Miguel Debiasi

Frade da Província dos Capuchinhos do Rio Grande do Sul. Mestre em Filosofia (Universidade do Vale dos Sinos – São Leopoldo/RS). Mestre em Teologia (Pontifícia Universidade Católica do RS - PUC/RS). Doutor em Teologia (Faculdades EST – São Leopoldo/RS).

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