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Reunião e visita técnica definem rumos do Postão de Caxias

por Jeferson Ageitos

Conselho de Saúde é contra fechamento da unidade para reformas; justiça proibiu manifestações que prejudiquem o atendimento

Foto: Pablo Ribeiro

Uma reunião na manhã dessa quarta-feira (03) deve definir a forma como serão realizadas obras no Pronto Atendimento (PA) 24 horas de Caxias do Sul. Representantes da empresa contratada para o serviço e funcionários do Postão devem participar.

Segundo o secretário de saúde, Geraldo da Rocha Freitas Júnior, depois da reunião haverá uma visita técnica à unidade. “Vamos verificar a possibilidade de realizar as obras durante o funcionamento. Isso tem que ser um consenso com quem vai executar a obra. A Secretaria do Planejamento acompanha essas questões técnicas. A visita vai verificar a melhor forma de realizar a obra sem colocar em risco os usuários”, afirma. Por enquanto, o atendimento está normalizado.

Na terça-feira (02), o secretário chegou a anunciar que o Postão seria fechado para reforma e ampliação e os pacientes seriam encaminhados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Norte. “Nós estávamos nos mobilizando para viabilizar a participação dos servidores na assembleia (que discutiria o futuro do postão, no fim da manhã de terça-feira). Alguns atendimentos seriam direcionados para a UPA naquele momento da transição, da troca de plantão, para que não houvesse nenhum prejuízo na assistência. Quando nós conversamos (a Tua Rádio entrevistou Geraldo por volta das 10h30 da terça-feira), houve aquela manifestação e aí tivemos que nos desmobilizar no sentido de dar uma atenção para as pessoas que estavam sendo atendidas”, diz.

O Conselho de Saúde, órgão fiscalizador, é contra o fechamento do Postão para a realização de obras. Também é contra a transferência dos pacientes para a unidade da Zona Norte. “A UPA já está atendendo a umas 200 pessoas por dia. Como é que tu vai sobrecarregar o serviço e colocar mais 400 atendimentos por dia? Isso não pode ser feito dessa forma”, afirma Fernanda Borkhart, presidente da entidade.

Fernanda diz ainda que o Município não conversou com representantes do Conselho para tomar as decisões. Por isso, houve protesto em frente à unidade, ontem. “Como que vamos tomar decisão de fechar serviço desse porte sem trazer qual é o plano, onde essas pessoas serão atendidas, de que forma isso será feito?! Ontem fomos ao Ministério Público colocar as nossas preocupações. O prefeito precisa esclarecer à população a forma como ela será atendida”.

Ouça as entrevistas no podcast.

Depois do protesto, a Justiça proibiu manifestações que impeçam a circulação do público no PA e prejudiquem o atendimento de pacientes. A decisão da 2ª Vara Cível Especializada em Fazenda Pública foi dada em caráter liminar, a pedido do Município.

O projeto da Prefeitura está orçado em aproximadamente R$ 640 mil e prevê reforma e ampliação da sala de urgência, construção de rampa de acesso exclusivo de macas à sala de urgência e criação de dois quartos individuais de curta duração. Também serão feitas obras de adequações do piso, forro e instalações em geral e pintura.

A ideia da Prefeitura é transformar o Postão em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) nível III. Com o projeto concluído, o Município poderá receber verbas estaduais e federais para a manutenção. Atualmente, somente a prefeitura arca com o custeio do PA, que gira em torno de R$ 4,5 milhões mensais.

 

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