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“Eles não respeitaram o voto popular”, justifica um dos autores sobre pedido de impeachment de prefeito caxiense

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Denunciante alega que foram cometidas infrações político-administrativas

Uma das sessões que cassou o mandato de Daniel Guerra
Foto: Isadora Martins/Divulgação

Caxias do Sul contabiliza nove pedidos de impeachment nos últimos três anos. O ex-prefeito, Daniel Guerra (Republicanos), respondeu por oito deles e um culminou na cassação de seu mandato ao final de 2019. Menos de um mês depois, a atual administração, composta pelo líder do Executivo, Flávio Cassina (PTB), e o vice-prefeito, Elói Frizzo (PSB), sofre a primeira solicitação de afastamento.

A denúncia foi realizada pelo presidente da Associação de Moradores de Bairro (AMOB) Mariland, Rodolfo Pereira Valin Junior, e pela sua companheira, Michele Carpinski da Silva. Eles alegam que os dois cometeram infrações político-administrativas, pois participaram da eleição indireta sem renunciar ao cargo de vereador, o que seria ilegal por atuar em mais de uma função pública. Conforme a denúncia foi ferida a Lei Orgânica do Município, a Constituição Federal e o Decreto-Lei 201 de 1967.

Em entrevista à Tua Rádio São Francisco, Junior explica que o pedido de impeachment vai além do que visualiza como descumprimento da lei por parte da gestão. Segundo ele, faltou para a Câmara de Vereadores respeitar a escolha e o voto da população. A denúncia é uma forma de mostrar que o povo de Caxias do Sul está de olho no poder público.

“Em minha opinião, eles [Legislativo] também não respeitaram a soberania do voto popular. Inclusive, o Neri, O Carteiro (Solidariedade) e o Pepe Vargas (PT) [que foram contra o impeachment] se manifestaram sobre a situação. Se a gente cobrar perante a lei as lideranças, independente de quem seja, eles verão que o povo está em alerta.”, detalha.

Ele ainda afirma que a solicitação foi realizada como eleitor da cidade e não como presidente do Mariland. Em uma conversa com representantes das associações, Junior confirma que a maioria acredita que Daniel Guerra não deveria ter sido afastado, pois não cometeu crime algum.

“A gente fez esse pedido como pessoa física. Eu sou presidente de uma Amob de Caxias, mas na associação não tenho partido e respeito a opinião de cada um. Até sobre isso, eu entrevistei o pessoal do bairro e vi que são contra o impeachment do Guerra, porque não existe crime.”, diz.

Questionado sobre como avalia a administração de Cassina e Frizzo até o momento, Junior é contundente: foi um golpe formado desde o início da gestão Guerra. Ele acredita que o prefeito cassado cometeu falhas ao longo do mandato, mas o cobrava com diálogo.

“Olha, esse golpe está formado desde o começo da administração de Daniel Guerra, não falando de sua pessoa. Ele estava contra vários partidos nas últimas eleições, mas a população estava do lado dele. Claro que a gestão tem falhas como qualquer uma tem. Eu, como eleitor do Guerra, cobrei mais ainda. E cobrei sempre muitos vereadores, independente da gestão, sobre os problemas da cidade. Então, resolvi fazer esse pedido porque não concordo com o que estão fazendo, que é dividir cargo entre si.”, avalia.

Rodolfo Pereira Valin Junior também é filiado ao partido Solidariedade. Ele é um dos pré-candidatos da legenda para uma cadeira no Legislativo caxiense.

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