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Os Magnabosco desejam buscar um acordo com o novo prefeito, afirma advogado da família

Baixar Áudio por Rodrigo Fischer

Rodrigo Balen observa que a situação poderia ter sido finalizada há décadas

Foto: Daniel Rodrigues/Divulgação

O Caso Magnabosco marcou o ano de 2019 em Caxias do Sul. O Executivo municipal perdeu a ação rescisória para a família no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro, por quatro votos a três. A derrota foi uma das marcas da administração de Daniel Guerra, que viu seu mandato cassado no mês seguinte.

Com a mudança das diretrizes políticas na cidade, alterou-se o modo de como tratar o tema. O ex-prefeito interino e candidato ao paço municipal pelas eleições indiretas, Flávio Cassina (PTB), mostrou-se aberto ao diálogo com os Magnabosco a fim de entrar em um acordo que tenha menos impacto aos cofres públicos. O advogado da família, Rodrigo Balen, visualiza de forma positiva o aceno da Prefeitura para uma conversa. Ele afirma que depois de quase 40 anos diante desse impasse, é a primeira que um líder municipal vai a público e explicita a vontade de dialogar.

“Temos bastante otimismo nas palavras de Flávio Cassina. Vemos com bons olhos as atitudes responsáveis em suas manifestações, onde, ele, pela primeira vez em quase 40 anos desde o inicio do processo, fez uma declaração pública de que possui interesse em resolver esse caso.”, avalia.

Os cálculos apontam que o Município terá que pagar R$ 820 milhões de indenização pela invasão de moradores no terreno doado em 1966 para a construção da Universidade de Caxias do Sul (UCS), que se tornou o bairro Primeiro de Maio. O valor inicial do espaço era de R$ 50 milhões e com as correções monetárias contadas desde o início do ingresso da ação, em 1980, a dívida chegou a esse montante. Conforme Balen, a família Magnabosco busca por um acordo com o Executivo a fim de finalizar o impasse. O que falta é o contato do novo prefeito da cidade, que será eleito no dia 09 de janeiro pela Câmara de Vereadores. Ao que tudo indica, será Flávio Cassina (PTB).

“Sem duvidas só vai trazer benefícios, tanto para a família, que deseja finalizar a espera, quanto para a Prefeitura, que almeja entrar em um acordo. Nisso todas as partes ganham, seja em tempo, prazo ou na solução do problema. Estamos aguardando o contato do Executivo.”, coloca.

Para ele, a questão poderia ter sido resolvida há décadas caso o Município dialogasse com a família. Em sua opinião, isso mostra o sistema político brasileiro, no qual os gestores passam para a próxima administração os problemas da cidade, pois situações graves não trazem o voto da população.

“Não tenha dúvidas, esse caso poderia ter sido resolvido há décadas. Uma opinião pessoal minha, falando fora do processo e abordando a questão política nacional, é que todos os gestores se preocupam em empurrar o problema para o próximo, nunca tem uma vontade política, porque resolver questões dessa gravidade não trazem votos.”, analisa.

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