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Garibaldense vai doar plasma para tratamento de pacientes com Covid-19

por Denise Furlanetto

É mais uma esperança de tratamento

Foto: Divulgação

O primeiro caso de coronavírus de Garibaldi que inicialmente passou por preconceito, por ter se infectado com o vírus e que sofreu desconforto diante de fake news que não teria cumprido o isolamento e realizado um churrasco com amigos, hoje representa uma esperança para um garibaldense que está na UTI do hospital Virvi Ramos, em Caxias do Sul.

Fábio Poletto, 31 anos, teve o resultado positivo para a Covid-19 no dia 23 de março e, na semana passada, recebeu o contato da família de Tarcísio Giongo, 62 anos, para que ele fosse um doador de sangue para o novo tratamento que é a transfusão de plasma.

Ele apresentava o perfil certo para a doação. Poletto foi ao hemocentro, em Caxias do Sul, passou por uma bateria de exames e, nesta quinta-feira, veio a confirmação de que ele estava apto para fazer a doação do plasma. Fábio concedeu entrevista à Rádio Garibaldi, às 6h30min, da manhã desta sexta-feira e logo após se deslocou a Caxias do Sul para fazer a doação.

- Estou feliz por poder ajudar. Torço que este tratamento que é experimental dê certo e possa salvar vidas. Estou torcendo pelo Tarcísio que saia o quanto antes desta situação e volte ao convívio da família- declarou.

Plasma- O Hemocentro Regional de Caxias do Sul (Hemocs) iniciou nesta semana os procedimentos para realizar um tratamento experimental em pacientes que tiveram complicações graves da Covid-19. Trata-se da transfusão do plasma (parte líquida do sangue) de um paciente curado para um indivíduo infectado. Utilizada em outros países como Estados Unidos e até mesmo em outros estados brasileiros como Rio de Janeiro e São Paulo, a técnica tem demonstrado resultados promissores e pode representar uma alternativa de tratamento para pacientes que se encontram em UTIs.

Conforme explicou o gerente de enfermagem do Hemocs, Marcos de Carvalho, o sangue de uma pessoa que foi infectada pela Covid-19 e se curou possui anticorpos para a doença e a porção onde estão as células imunológicas é chamada de plasma convalescente. Estudos apontam que o plasma convalescente pode diminuir a mortalidade em pacientes críticos, diminuir a carga viral e possibilitar melhora clínica, com a diminuição do tempo de ventilação mecânica e, consequentemente, de internação na UTI.

A seleção dos doadores de plasma terá várias etapas. Neste momento, as pessoas que podem doar são homens, de no mínimo 18 e no máximo 60 anos, que foram infectadas pelo coronavírus, tiveram Covid-19 e estão curadas há mais de 28 dias; a doença também precisa ter sido confirmada por meio de teste PCR, sorologia ou teste rápido; o doador não pode apresentar sintomas da Covid-19 nem de outras doenças infecciosas. Antes da doação, interessados passam por entrevistas, triagem e um novo teste da Covid-19. Se atenderem a todos os critérios, é agendada a coleta do plasma.

O Hemocs destinará o conteúdo aos hospitais que tiverem protocolo de estudo para uso. Conforme Marcos, algumas pessoas já entraram em contato com a instituição para se candidatar para a doação. Mulheres interessadas em serem doadoras de plasma também podem ligar para o Hemocs para fazer o cadastro, mas neste primeiro momento, as coletas serão feitas somente em homens. As doações precisam ser agendadas pelos telefones (54) 3290-4543 e (54) 3290-4580 ou por meio do WhatsApp (54) 984188487. O Hemocs atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h30 e aos sábados das 8h até 12h. O prédio está localizado na rua Ernesto Alves,2260, ao lado da UPA Central.


 

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