Com o falecimento do proprietário Ivan Bellini, a Óptica e Joalheria Bellini, na esquina da Buarque de Macedo com Júlio de Castilhos. no centro de Garibaldi,  foi fechada.  Ficou a curiosidade entre a comunidade qual o destino que seria dado a esta casa que tem muita história, onde funcionou uma das primeiras óticas do Estado, oficina de fundição de sinos e moradia da família Bellini.

Os garibaldenses têm muitas memórias desta loja, principalmente das joias com muito valor sentimental.  Tatiane Bagatini de São Roque Figueira de Mello diz que o pai comprou um anel para a sua mãe, durante o período de namoro,  há 53 anos (enviando uma foto desta peça de ouro). "E o mais interessante disso é que a pérola do anel da mãe não morreu, continua viva", disse Tatiane. Raísa Bettu Lazzari enviou uma foto da mão da mãe Odete com sua aliança de casamento comprada em 1968. 

De acordo com o advogado Jordano Humberto Girondi, os herdeiros da família contataram com o escritório Zuchi/Girondi/Cichelero Advogados Associados para fazer o inventário. De acordo com Jornado a família tem outras propriedades, mas a casa central é o imóvel de maior valor. Os herdeiros receberam ofertas de construtoras, mas não era esse o objetivo da família que quer preservar a história. Por um acaso, disse Girondi, surgiu a proposta do empresário Danilo Serafin, dono da Ótica Farroupilha e com filial em Flores da Cunha com interesse de abrir uma filial em Garibaldi.

O empresário contratou a arquiteta Simone Malacarne de Flores da Cunha que iniciou os estudos da preservação. Segundo ela, houve a necessidade de algumas intervenções como a troca do telhado e a total reforma da parte interna. As vitrines serão mantidas, bem como a fachada. Outra intervenção será a modificação do acesso à parte superior, onde era a residência da família que também servirá como um novo espaço para locação. O etilo do prédio é diferente dos demais da rua, diz a arquiteta Simone, numa arquitetura mais modernista, devido a reforma da casa  na década de 50.