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Pensando Bem: eu acredito no destino

Baixar Áudio por Grasiela dos Reis

Acompanhe o programa semanal de Frei Aldo Colombo

Foto: Divulgação

Um empresário foi retido no trânsito e perdeu o avião. Horas depois soube que o avião caiu e não havia sobreviventes. Uma senhora comprou o último número de rifa – só para ajudar – e ganhou um automóvel. Um pai antecipou o retorno da praia para evitar o trânsito pesado, sofreu um acidente e ficou dois meses no hospital. Por vezes, uns minutos a mais ou a menos evitam um acidente ou colocam a pessoa no meio de um assalto. E os comentários garantem: tinha que ser assim, é destino.

Desde que nascemos, afirmam os fatalistas, caminhamos num rumo determinado, que nos conduz a um final imutável. E esta teoria, por vezes, encontra apoio em grupos religiosos. Os árabes tem uma palavra para designar o fato: maktub, isto é, estava escrito. Calvino, um discípulo rebelde de Lutero, coloca em seu sistema religioso a predestinação: todos nascemos com um destino definido, imutável, salvos ou condenados. A doutrina espírita acredita no karma, herança de pecados ne vidas anteriores.

Nosso mundo é marcado pelo pecado e o pecado é desordem. Uma bala perdida pode atingir o melhor ou o pior, sem qualquer critério. Acontecem, a cada momento, milhões de fatos. Há situações marcadas por coincidências, boas ou más. Ai falamos de sorte ou azar. Estas realidades podem acontecer uma ou outra vez. Na grande maioria dos casos prevalece a lógica da causa e da sua consequência. O futuro não é um lugar para onde caminhamos, mas um lugar que estamos construindo.

A partir do Evangelho, podemos criar uma tese: todos nascemos com um destino, estamos destinados a Deus. Só mesmo uma teimosia radical pode nos levar ao desastre, longe deste destino. Deus é amor, à semelhança de e um infalível GPS, Ele corrige sempre nossos descaminhos. No entanto, somos contemplados com o dom da liberdade. Podemos traçar irresponsavelmente nosso caminho, sem dar atenção ao destino original.

A liberdade – dom divino – nos dá a responsabilidade de fazer escolhas e, caso necessário, refazer nossas escolhas. E as escolhas que valem não são aquelas que fizemos no passados, mas as que fazemos hoje. A cada momento podemos recomeçar, não há casos perdidos, e retomar nosso destino original, que parte da sabedoria de Deus, nosso Pai.

Frei Aldo Colombo

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