Além da Escola Estadual São Marcos de Marcorama, outra do Estado que não retornou às aulas presenciais é a Escola Estadual Ângelo Beal do bairro Borghetto. Nela são 60 alunos matriculados nos prés e séries iniciais do Ensino Fundamental. O sentimento é de decepção, segundo Simone Fassina que é presidente do CPM e mãe de duas alunas.  A falta de faxineira para fazer a limpeza da escola foi determinante para que a Décima Sexta Coordenadoria Regional de Educação não permitisse o retorno dos alunos à escola, permanecendo o estudo remoto.

“Foram dois anos ruins, diante da pandemia, mas não é possível ficar assim este ano também. Estamos todos revoltados com esta situação”, diz Simone.

As crianças foram prejudicadas nos últimos dois anos na aprendizagem, fala Simone, e não é possível permanecer com escola em total precariedade, telhado com goteiras e apenas três salas de aula e dois banheiros (um para meninos e um para meninas) para atender 60 alunos, direção e professores. Além disso, o único bebedouro existente está estragado. As crianças levam garrafinhas de água, mas se não for suficiente precisam pedir água na cozinha.

Diante de muitos loteamentos que estão abrindo no Borghetto, a tendência é de crescimento de ocupação da escola. Os pais gostariam de que houvesse investimento neste educandário tanto na estrutura como em pessoal para que as crianças não precisem sair do bairro. “Mas se não for possível que o município ofereça vagas em outras escolas com melhor infraestrutura”, salienta. As séries são multisseriadas: salas para pré A e pré B em uma sala; 1º, 2º e 3º anos em outra e 4° e 5° ano na terceira sala. Simone pede apoio de todos os pais e sensibilidade das autoridades para resolver esta situação.

(entrevista em ouça a notícia)