Embora o sindicato que representa escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil (Ugeirm), continuar realizando operação-padrão e se preparando para novas mobilizações contra o pacote de medidas do governador José Ivo Sartori (PMDB) em Soledade os trabalhos de registros de ocorrências estão dentro da normalidade, sendo respeitada as motificações da operação, quando ocorrências de menor expressão não são registradas ainda, pelo menos momentaneamente. 

Em reunião realizada na última semana, representantes da categoria fizeram uma avaliação das manifestações realizadas e projetaram novas ações.

Com a retomada das votações dos projetos, que deve acontecer em fevereiro, já com a Assembleia Legislativa sob nova presidência, devem ser retomadas também as manifestações dos servidores. A UGEIRM programou um ato público que será realizado na Praça da Matriz, no próximo dia 31 de janeiro, dia em que deve tomar posse o novo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT).

Conforme o vice-presidente da Ugeirm, Fábio Castro, esse ato vai servir para novamente protestar contra os parcelamentos dos salários e do 13º, o atraso das promoções na Polícia Civil, além de realizar uma homenagem aos colegas feridos pela Brigada Militar, durante os protestos contra o pacote em dezembro. Nesse dia, a UGEIRM também pretende entregar a pauta dos policiais ao novo presidente da Assembleia e pedir um compromisso em liberar o acesso da população ao Legislativo durante as votações.

A partir da avaliação de que a mobilização dos sindicalistas vem sendo positiva, com a retirada da convocação extraordinária por parte do governo, o conselho de representantes da UGEIRM decidiu manter a mobilização com algumas mudanças. Fica mantida a operação-padrão, até que o governo apresente alguma solução para a situação do parcelamento do 13º salário e a efetivação das promoções em atraso. Em relação às operações policiais, elas estão sendo cumpridas nas condições básicas, por meio de convocação por escrito com antecedência, pagamento antecipado de diárias quando for o caso, equipamentos em perfeito estado e garantia de pagamento das horas extras. Em caso de novo parcelamento no fim do mês, o boicote às operações será retomado até a integralização dos salários.