Dieimifer Roberto da Rosa, 21 anos, Douglas Vinicius da Silva, 20, e Luis Eduardo da Silva Rossa, também de 20, foram condenados a 27 anos de prisão pela Justiça, na tarde desta segunda-feira, 07/11, pelo latrocínio - roubo seguido de morte - do jovem Frederico Colnaghi de Almeida, na época com 22 anos, em frente a Unisinos, em São Leopoldo. A sentença foi assinada pelo juiz José Antônio Prates Piccoli.

Conforme o promotor Sérgio Luiz Rodrigues, que junto com o promotor Thomaz Coletto, acompanhou o caso a pena aplicada é sempre insuficiente, em razão do crime praticado. "Para um pai e uma mãe que perdem um filho pela violência é sempre pouco, porém é sanção que o nosso código penal prevê", afirma.

De acordo com Rodrigues, o processo andou com velocidade acelerada, em relação a média de duração dos demais procedimentos. "Ele teve uma atenção especial do Ministério Público e da Justiça pelo interesse social que gerou, pelo local que aconteceu - em frente a uma universidade de grande fluxo de pessoas, principalmente jovens", expressa.

A sentença chega em um momento em que a violência atinge todas as regiões do Estado. Para o promotor a agilidade no andamento do processo e a pena arbitrada pelo magistrado mostram que existe punição para aquele que infringe a lei. "Em um momento que tivemos esse aumento dos crimes, é importante a condenação, vejo como uma resposta do MP e da Justiça", opina.

A notícia que alivia

Querido pelos amigos, dedicado na universidade e com um excelente futuro pela frente. Assim era Frederico. Filho de Meiri Colnaghi e Marco Antônio de Morais de Almeida deixou um vazio no coração da família e de todos que tiveram a oportunidade de conviver com o estudante.

O pai de Frederico recebeu a notícia da sentença pela reportagem do Grupo Sinos, no anoitecer de hoje. "Mesmo? Vocês estão me dizendo isso em primeira mão. Eu fico mais aliviado em saber que a justiça foi feita. Espero que fiquem na cadeia", ressalta o pai, que está no litoral gaúcho, e mora em Novo Hamburgo.

Marco sabe que nada trará o único filho de volta, mas a notícia de que os três criminosos foram condenados traz um grande alívio. Sem segurar as lágrimas, Marco Antônio fala que em meio à dor da saudade - já que no último dia 5 completou um ano do assassinato - receber a notícia da condenação traz um grande alívio para todos.

Relembre o caso

Morto no dia 5 de novembro de 2015 Frederico teve os sonhos de uma vida roubados. Naquela noite, testemunhas informaram à Brigada Militar que o jovem teria saído da aula da Unisinos que terminou às 22h30, e ido até um bar próximo em frente à instituição. Depois de um tempo no local, ele saiu para buscar o carro, um GM/Ônix preto, que estava estacionado na Rua Padre Luiz Gonzaga Jaeger, próximo à Avenida Unisinos, no bairro Cristo Rei. Logo depois foram ouvidos os disparos.

Frederico foi abordado por três homens que saíram de um Renault/Clio prata. Os criminosos dispararam três vezes e fugiram no automóvel da vítima. Os tiros acertaram o tórax e os outros dois em um dos braços. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado às 23h35 e, com base no registro de atendimento, a equipe chegou ao local em cinco minutos, iniciando o atendimento. Ele foi levado, em estado grave, até o Hospital Centenário. Lá ele era aguardado na sala de cirurgia. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta da 1 hora do dia 6.

A prisão

Logo após o crime, diligências começaram a ser feitas pela equipe da 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, então sob titularidade do delegado Heliomar Franco. Na tarde do dia 7, o trio foi preso em flagrante pelos policiais. Após registro de ocorrência, os três foram encaminhados ao sistema prisional, onde estão até hoje e cumprirão 27 anos de condenação.

Informações do Jornal Novo Hamburgo.