Hospital Frei Clemente de Soledade paga parte de salário de servidores e corpo clínico
Saúde financeira de hospitais se agrava diante da falta de repasses
Foto: Marcos Vinícius/Rádio Cristal
A crise econômica no Estado tem agravado a cada mês a saúde financeira de hospitais filantrópicos e santas casas. O atraso de repasses tem obrigado as administrações a enxugarem o quadro de funcionários e reduzirem ou cancelarem alguns atendimentos.
Os hospitais gaúchos que dependem de recursos oficiais para sobreviver estão agonizando. A crise nas instituições que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Estado é como uma doença terminal. Entubadas na UTI, muitas respiram por aparelhos, à espera de uma cura que parece cada vez mais distante.
Com dívidas relativas a bancos, fornecedores, tributos, salários e encargos trabalhistas, as instituições estão, uma a uma, tendo de readequar o atendimento a novos padrões orçamentários, em razão da queda dos repasses governamentais. Realidade que não é diferente no Hospital de Caridade Frei Clemente de Soledade.
Conforme Sebastião Avani dos Santos, presidente da casa de saúde soledadense, as adequações são necessárias para manter a casa de saúde de portas abertas. Avani abordou a questão dos repasses do governo estadual e o pagamento de 65% do salário de março aos funcionários e corpo clínico do nosocômio.
A crise nos hospitais não é de hoje. Segundo administradores hospitalares e gestores públicos, a criação do SUS, em 1988, determinando a universalização do atendimento sem ampliar proporcionalmente a estrutura de saúde foi o primeiro de uma série de equívocos cometidos ao longo dos anos, uma ferida ainda aberta, que causa a hemorragia de recursos.
Ouça a entrevista com Sebastião Avani dos Santos, na íntegra.
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