Em Soledade, esta possibilidade existia desde 2018, porém, não chegou a se confirmar, graças ao empenho do prefeito da época, Paulo Ricardo Cattaneo, que conseguiu contornar a situação, contratando uma funcionária para trabalhar na agência do município.

A funcionária passou a ser paga com recursos próprios da prefeitura, mas a sala é de propriedade do Governo do Estado. Com isso, após a chegada da pandemia, a intenção do Governo passou a ser “enxugar” recursos destinados para a execução de tal trabalho. A exemplo disto, o próprio telefone do IPE Soledade deixou de funcionar e a previsão é de que nos próximos dais, os aparelhos eletrônicos e os móveis sejam retirados do local que até então vinha atendendo os associados não apenas de Soledade, mas de toda região, na modalidade remota, há mais de 1 ano e meio.

Com a separação do IPE Previdência do IPE Saúde, a situação tornou-se ainda mais delicada, mas para garantir a impressão de boletos para os associados, encaminhamento de cartões  e tantos outros trabalhos fornecidos pela agência, a intenção é de que a prefeitura passe a administrar o serviço, disponibilizando a sala, os materiais e a funcionária para a continuidade dos trabalhos, como destaca a prefeita de Soledade, Marilda Borges Corbelini:

“Para que não deixemos de ofertar o serviço para a população que tanto precisa, estamos comprometidos a disponibilizar um profissional, o espaço para a execução dos trabalhos e os materiais necessários para que estes sejam realizados, pois sabemos que temos que caminhar junto com a tecnologia, mas nem sempre a população tem acesso a ela”, ressaltou ela.

A intenção por parte do Governo é de que o trabalho passe a ser feito por meio de teletrabalho (serviço realizado de forma remota) e a preocupação dos órgãos responsáveis pela sustentação do serviço é de que nem todos os cidadãos tenham acesso ao novo sistema imposto.

Lúcia Rosa, funcionária responsável pelo atendimento do serviço prestado pelo IPE Soledade destaca que com a vinda da pandemia o serviço se ampliou ainda mais e a principal dificuldade das pessoas passou a ser acessar o site, pois qualquer documento não enviado impedia a finalização de qualquer atividade que o associado pretendia executar.

“Experiências comprovam que ainda há insegurança por parte dos usuários em acessar o sistema.  Quando o serviço era prestado de forma presencial, as pessoas conseguiam vir até mim para ter uma instrução de como proceder para efetuar pagamentos e impressões diversas e com a pandemia, passaram a não ter mais este apoio. Vamos torcer para que eu fique a frente do sistema e que o trabalho tenha continuidade com a ajuda da prefeitura de Soledade”, finalizou Lúcia.

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