A igreja Matriz Nossa Senhora da Soledade recebeu na noite deste domingo, 17/09, a tradicional Missa Crioula, reunindo fé e tradição.

A missa foi celebrada pelo frei Alcides Cantídio Soares e conduzida pela coordenadora dos festejos farroupilhas de Soledade, Mara Muniz, com direito a muita música, história e fé.

Para o frei Alcides, o momento como esse mostra muito sobre o que é o tradicionalismo, que não pode se esquecer que é alicerçado pela fé.

"Hoje comentei na missa no interior que durante a celebração na manhã sobravam cadeiras, mas que no almoço, iriam faltar cadeiras. Isso mostra que o tradicionalista não pode esquecer que tradição e fé andam juntas, em especial, falando-se de Semana Farroupilha", contou durante a missa.

Um dos pontos que explica essa ligação é o Lema do Rio Grande do Sul: Liberdade, Igualdade e Humanidade, todos ligados ao Positivismo. Na época, a elite gaúcha militar e política, em sua maioria, era ligada à Religião da Humanidade, como também era conhecido o Positivismo de Auguste Comte.

A colocação do termo Humanidade coube a Júlio de Castilhos, governador do Rio Grande do Sul e autor da sua constituição, que era considerado um grande seguidor das ideias do filósofo francês.

A Missa Crioula contou com a presença de representantes de todos os Centros de Tradições Gaúchas, Piquetes, Ginetes e Núcleos de Soledade, além de lideranças de Soledade.

A prefeita de Soledade, Marilda Borges Corbelini, revelou que a Semana Farroupilha é uma data especial para a comunidade de Soledade.

"É muito bom ver essa igreja cheia e as nossas atividades programadas com boa participação. O gaúcho tem se mostrado cada vez mais forte, inclusive vimos isso com o grande auxílio que foi feito ao Vale do Taquari, e Soledade não é diferente", contou a prefeita.

O evento faz parte da programação da Semana Farroupilha em Soledade. A próxima grande atividade deverá ser o desfile farroupilha no dia 20 de setembro, na Avenida Marechal Floriano Peixoto.

A realização do desfile foi confirmada pela prefeita de Soledade, Marilda Borges Corbelini, durante a celebração religiosa. A ideia é arrecadar, com o desfile, donativos para a região atingida pela enchente no Rio Grande do Sul.

Nayam Franco/Tua Rádio Cristal