Após 28 anos no Partido Democrático Trabalhista, o Deputado Federal gaúcho Giovani Cherini deverá ser expulso, oficialmente, da sigla nesta segunda-feira, 30/05.

Cherini é líder da bancada federal gaúcha no Congresso, e vai ser julgado pela Comissão de Ética do PDT, no Rio de Janeiro.

O parlamentar e mais cinco correligionários desrespeitaram a orientação nacional da legenda ao votarem a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, em 17 de abril.

Filiado ao PDT há 28 anos, Cherini é o deputado federal mais votado da história da legenda no Rio Grande do Sul.

Foram 115.294 votos nas eleições de 2014. Ele disse que torce para que o bom senso pese na decisão dos integrantes da direção nacional.

O deputado também defende que a decisão seja justa e valha para todos, e não só para alguns.

Foram oito eleições pela sigla e conseguiu quase meio milhão de votos neste período.

"Será uma tristeza por sair do PDT, alegria por ter votado consciente que estava representando os meus eleitores", declarou Giovani Cherini.

O julgamento, que vai analisar os votos a favor do impeachment de Giovani Cherini (PDT-RS), Flávia Morais (PDT-GO), Hissa Abrahão (PDT-AM), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Mário Heringer (PDT-MG) e Subtenente Gonzaga (PDT-MG).

Segundo Cherini, a tendência é que se selecione alguns, incluindo o parlamentar, para que deixem a sigla partidária.

O partido ainda não apresentou uma data para a análise da expulsão de senadores que também votaram a favor do impedimento de Dilma.

De acordo com integrantes do partido, o PT ainda tenta reverter a decisão de alguns senadores, já que muitos alegaram ter apoiado apenas a admissibilidade do processo e não, necessariamente, o afastamento irreversível de Dilma.

No PDT, Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS) apoiaram a saída temporária da presidente. Telmário Mota (RR) seguiu o partido, mas foi o único a votar contra.

Ouça a entrevista com o Deputado Federal Giovani Cherini sobre sua expulsão do partido.