"Com tranquilidade", assim destaca Olavo Valendorf, candidato a prefeito pela coligação Juntos por Soledade, derrotada no pleito por mais de 3.699 votos.

Olavo garantiu durante participação na programação da Rádio Cristal que só será reconhecido o resultado das eleições, após as análises da Justiça Eleitoral em relação a denúncias feitas pela chapa.

Segundo Olavo, foi analisada uma série de fatores em função do resultado elástico e por isso foram feitas denúncias a respeito de contratação de pessoas através de RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo), contratos emergenciais, distribuição de brita e benefícios que teriam sido concedidos a eleitores.

"Em três meses, eles apagaram, com cunho eleitoreiro, tudo o que não fizeram em 3 anos e meio", declarou Olavo.

Conforme Valendorf, foi feita uma forma de política que é estranha à democracia. "Coisas inéditas", destacou, e por isso esperará a investigação da Justiça.

Olavo destacou que irá procurar líderes da oposição para "banir de Soledade" esse tipo de política, referindo-se a chapa vencedora.

Ele falou que, em tese, o resultado elástico pode potencializar que alguém faça a análise de que não deu certo a coligação entre PP e PSDB.

"Se soubéssemos que o quadro seria esse, não a teríamos feito", afirmou que nenhuma outra coligação teria feito sentido, pois unindo PSB, PT e o próprio PDT, não surtiria resultado.

Para ele, a maior influência foram de "fatores extra-campo" e também, de lideranças políticas que têm eleitorado em Soledade, falando de Hélio Lodi (ex-prefeito) e Giovani Cherini (Deputado Federal).

Em relação a renovação, Olavo Valendorf afirmou que estiveram reunidos com a Juventude Progressista para que surjam novas lideranças, pois discordam da forma que o município vem sendo administrado.

Na próxima eleição em 2018 (nacional), a atuação seja forte para se preparar para enfrentar uma nova eleição municipal em 2020.

"O resultado da majoritária tem influência nas cadeiras da Câmara de Vereadores", declarou Olavo comparando o PP com o PMDB, que ficaram com três e cinco cadeiras, respectivamente.

Para Olavo, foi tirada muita força política do PP por favores recebidos e cargos da atual administração.

"Não me arrependo de ter concorrido, meu partido me proporcionou muitas coisas boas e não sou ingrato, tinha um compromisso com o meu partido", finalizou Olavo.

Olavo afirmou que agora atuará como conselheiro e emprestará a experiência para os próximos, mas que não concorrerá mais a cargos eletivos.

 "Encerrei minha carreira nesta eleição, concorrendo como candidato a prefeito, pela dívida que tinha com o PP", declarou Valendorf.

Ouça a entrevista com Olavo Valendorf