Faltando poucas horas para o início da 19ª edição da Exposol, duas mulheres que viriam para Soledade expor na feira foram detidas pela Receita Federal com mais de 110 kg de jóias semi-preciosas.

Conforme a Receita Federal, as mercadorias estrangeiras transportadas por mãe e filha não tinham comprovação regular importação e, pela quantidade, natureza e variedade, revelam destinação comercial, o que aconteceria na Exposol.

De acordo com o coordenador da Feira Internacional de Pedras Preciosas da Exposol, Gilberto Bortoluzzi, este é um caso isolado e de responsabilidade exclusiva do expositor. Bortoluzzi lembrou que a coordenação da feira alerta todos os seus expositores a terem consigo os documentos dos produtos que aqui serão comercializados.

"É um caso isolado, né, é uma responsabilidade individual das pessoas e pelo que a gente viu não são joias, são peças para montagem de joias. Acredito que é uma questão de legislação. A legislação brasileira é mais rigorosa com os produtos importados, acho que faltou isso para essas expositoras", destacou Gilberto.

Para ele, por tratar-se de um caso individualmente do empresário, não irá manchar a marca da Exposol, pois a própria coordenação orienta os expositores, não só da feira de pedras, mas também de todas as outras, a terem as notas fiscais dos produtos.

"Talvez elas tivessem ido em outras feiras em outros países, nos Estados Unidos, por exemplo, onde a Legislação permite que você faça uma declaração dos produtos quando chega ao país, paga o imposto e está liberado para comercializar. No Brasil é diferente. Aqui isso não é permitido. Faltou ela procurar uma orientação na área de um despachante para saber a legislação brasileira", contou o também empresário do ramo de pedras.

Por fim, Bortoluzzi salientou que tanto é questão de legislações diferentes que elas conseguiram sair do Peru sem a documentação de importação e, aqui, foram detidas pela Receita Federal e tiveram os produtos apreendidos.