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Pai é quem cria: conheça a história do primeiro registro de paternidade socioafetiva em Soledade

por Nayam Franco

Amor entre pai e filho mostra uma, entre tantas histórias, em que ter o sangue diferente não limitou amor incondicional

Esse foi o primeiro caso de paternidade socioafetiva extrajudicial em Soledade
Foto: Cartório Joana Malheiros

Soledade teve seu primeiro caso de paternidade socioafetiva extrajudicial neste mês de abril quando um pai de criação resolveu oficializar a paternidade com seu filho extrajudicialmente. Por mais que não tenham o mesmo sangue, por 36 anos o pai criou o filho desde o seis meses de idade, sempre com o tratamento familiar.

Essa é a história de João Brum e Cândido Nunes Brum. Em entrevista exclusiva para a Tua Rádio Cristal pai e filho falaram sobre a emoção de oficializar e compartilhar sobrenomes além, é claro, de muito amor.

João criou Cândido desde os seis meses de idade. À época, Brum já tinha outros filhos e criou Nunes com o mesmo sentimento. Sentimento este que veio à tona neste período em questão onde João passou por problemas de saúde e seu filho de criação foi o primeiro a lhe ajudar.

"Uma filha mora longe, um outro filho não acompanhou, mas ele me acompanhou. Mesmo não tendo meu sangue, ele me cuidou, me levou ao hospital, me levava no banheiro, me lembrava de tomar os remédios, ele foi o que mais se preocupou comigo. Ele até me espiava de noite se eu tava dormindo bem", falou o pai sobre o tratamento com o filho.

João destacou que quer continuar criando o filho e que um amigo advogado sugeriu que ele fizesse esse reconhecimento. Se deslocando até o Cartório de Registro Civil onde a registradora Joana Malheiros explicou os procedimentos.

"Ele não é mais criança, ele é meu amigo. Eu quero ser o pai dele. E ele aceitou ser meu filho. Pai é quem cria, se quem fez não quis, quem criou é pai", lembrou Brum.

João lembrou que ficou 16 dias internado no hospital e que nenhum filho de sangue acompanhou ele com tanto amor quanto o filho de criação cuidou. "Eu peguei ele no Hospital e criei. Eu ajudei ele e hoje ele me ajuda", declarou Brum.

Cândido Nunes Brum de 36 anos destacou que morou 22 anos com ele e felizmente ele lhe ensinou o bom caminho, mas devido a más companhias acabou se perdendo.

"Eu fiz bastante coisa errada. Mas eu paguei por isso e graças a meu pai, eu fiquei no meu caminho certo", destacou o filho de criação hoje com reconhecimento socioafetivo.

Agora cuidando de João, Cândido espera cumprir os desejos do pai e já projeta a busca pro um emprego para seguir os passos do seu pai.

"Quando eu era criança eu sonhava ter o sobrenome dele. Mas isso nunca partiu de mim. Pra mim ele sempre foi meu pai, ele quis oficializar e me dar o sobrenome dele. Ele é meu pai, minha mãe e minha família toda", lembrou Cândido.

Esse é somente o primeiro caso com registro de paternidade socioafetiva extrajudicial em Soledade onde pai e filho, mesmo não tendo laços sanguíneos, mostraram que o amor sempre vence.

Ouça a história de João e Cândido no player

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