O Hospital Frei Clemente de Soledade novamente vive uma situação preocupante. Com o não repasse das verbas do governo do estado a instituição não tem como pagar os funcionários. A dívida total do governo, Ipe e demais emendas chega a 1 milhão e 600 mil reais.

O mês de outubro foi quitado, mas caso não haja o repasse do governo, os funcionários ficarão sem receber o mês de novembro, o décimo terceiro salário e o mês de dezembro.

"E já falei pra eles ainda mais: que eles contem com dinheiro, se o repasse não acontecer, a partir de março, porque o governador vai levar um tempo pra tomar pé da situação que se encontra o estado", destacou o presidente do hospital, Sebastião Avani da Silva.

Esse assunto foi tema de reuniões que o hospital realizou nesta segunda-feira, 19/11. Primeiro com os funcionários da casa hospitalar e depois com a comissão de saúde da Câmara de Vereadores de Soledade, onde a direção da casa ouviu algumas reivindicações dos vereadores com relação ao hospital.

Algumas  reclamações quanto ao atendimento estão sendo realizadas por parte da população. "A gente entende essa reclamação e vai tentar conversar mais uma vez com os nossos profissionais", declarou Sebastião Avani da Silva.

Ele relatou ainda que "da maneira que vem ocorrendo os atendimentos nos postos de saúde do nosso município, sobrecarrega o hospital. Urgências e emergências tem preferência em qualquer momento e a gente pede sempre que haja uma humanização nos atendimentos".

Levando em consideração que 80% dos atendimentos no Pronto Atendimento do Hospital Frei Clemente são consultas e que isso gera um problema financeiro muito grande, a diretoria avalia a possibilidade de passar a atender somente urgências e emergências.

"Pela situação que está se desenhando em termos de repasse do governo, a gente está estudando a possibilidade de atender somente urgências e emergências", relatou.  

Ouça a entrevista do presidente do Hospital