O último ano do ensino médio de uma escola pública estadual é repleto de desafios. Despedindo-se da escola, os alunos planejam um encerramento com formatura, viagens e muito estudo. Aliados a isso, eles dividem seus dias com estudos, trabalho no turno inverso da aula e mais estudo, se preparando para os vestibulares de fim de ano e Enem.

Na Escola Júlia Lopes de Almeida os alunos enfrentam outro problema: não há turma para eles. Chegando ao terceiro ano do ensino médio, mais de dez alunos não tem previsão de quando o ano letivo para eles será iniciado. Isto por que o Departamento de Planejamento Governamental, o Deplan, da Secretaria da Educação, não homologou o terceiro ano para o turno da manhã na escola do bairro Expedicionário.

Isso faria com que os alunos tivessem que escolher: estudar à noite ou mudar de escola. À noite muitos trabalham ou fazem cursos preparatórios para o fim do ano; para mudar de escola, os alunos residentes no bairro Expedicionário teriam que se dirigir para escolas muito longes, e também à noite.

Essa é a alegação dos alunos que conversaram com a reportagem da Tua Rádio Cristal. “Nós queremos estudar na nossa escola, na escola do nosso bairro. Desde o quinto ano do fundamental nós somos colegas e esperamos continuar juntos nesse último ano, fazendo nossa formatura e viagem juntos”, enfatizou o aluno Cristian Pedrotti.

A vice-diretora da escola, Simone Teixeira Assunção, garantiu que todos os esforços foram feitos junto à 25ª Coordenadoria Regional da Educação para que a turma fosse homologada e pudesse atender esses jovens que cursaram, no último ano, o segundo ano do ensino médio na escola e no turno da manhã.

No último ano, a escola não teve terceiro ano do ensino médio pela manhã, isso aconteceu pela falta de aluno naquele ano o que não se justificaria em 2019, visto que há alunos interessados em cursar o último ano do ensino médio pela manhã naquela escola.

Conforme o diretor da escola Julia Lopes de Almeida, Juliano Bertolini, a manhã foi de reunião com a coordenadoria a fim de enfatizar a necessidade desses alunos que são do bairro e que querem estudar na escola onde sempre estudaram.