"Foi no autoexame, que é uma coisa que a gente tenta relatar pras mulheres o quanto é importante,  que eu senti um caroçinho e senti que ele tava começando a aumentar, só que eu pensei que só tinha 30 anos, não estaria na idade de risco, e aí quando fui fazer a mamografia já identificou que precisaria de uma biopsia. Aí fiz a biopsia que identificou um carcinoma de mama", relatou Rosana.

Era mês de maio quando isso tudo aconteceu. No mesmo mês já foi feita a biopsia e no outro mês a mastectomia. Como o tempo entre a descoberta do nódulo e a procura por ajuda foi de seis meses, isso gerou um grau um pouco maior. "Tenho histórico na minha família, mas pela minha idade eu tinha certeza que não seria nada, muito nova pra ter câncer de mama", destacou.

Rosana conta que a descoberta da doença é desesperadora. "No primeiro momento a gente não consegue pensar em câncer sem pensar em morte. É uma cultura que a gente tem. Eu achei que ia morrer, só pensava na minha filha que é muito pequena, mas aos poucos a gente vai conversando com outras pessoas e vai se acalmando e vendo que não é aquele bicho de sete cabeças".

Agora ela completa a 11ª semana de quimioterapia, de 16 que tem para fazer. E nesse período todo o apoio de amigos e familiares tem sido fundamental. "O apoio da família é a base fundamental de tudo. Não tem como passar por isso sem ter uma base da família, sem ter o apoio, carinho e cuidado", reiterou.

Para Rosana, ela teve certeza de que teria força para se curar quando ouviu da mãe: "Você vai conseguir". E é com essa força que ela tem enfrentado o tratamento. "A cura é certa. Tenho no meu coração e na minha fé que isso nunca mais vai voltar. O apoio é muito importante, mas a maior força vem da fé. Se a gente não tiver fé nesse momento a gente passa pela luta, mas passa mais enfraquecido", destacou Rosana com lágrimas nos olhos.

Por fim a entrevistada falou da importância do autoexame e dos exames de rotina. "Por mais que não tenham idade, peçam para o médico a mamografia todo ano ou a cada dois anos e se toquem, realizem o autoexame".

Ouça a entrevista com Rosana Elias no player acima.