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Região de Soledade volta a bandeira laranja e comércio pode voltar a atuar nesta terça-feira

por Nayam Franco

Anúncio feito pelo governador animou empresários da região

Foto: Divulgação

A análise dos 37 recursos apresentados por municípios e associações preliminarmente classificados com bandeira vermelha levou à decisão de passar para laranja as regiões de Passo Fundo, Caxias do Sul, Erechim e Taquara na 9ª rodada do Distanciamento Controlado. As regiões de Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Palmeira das Missões e Pelotas estão na bandeira vermelha.

O mapa definitivo, com seis regiões classificadas em vermelho (risco alto) – Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Palmeira das Missões e Pelotas – e as outras 14 em laranja (risco médio), foi divulgado pelo governador Eduardo Leite após reunião do Gabinete de Crise nesta segunda-feira (6/7).

A vigência das novas bandeiras começa à 0h desta terça-feira (7/7) e se encerra às 23h59 da próxima segunda-feira (13/7). O mapa e os protocolos de referência podem ser consultados em https://distanciamentocontrolado.rs.gov.br.

Segundo Leite, a decisão de reconsiderar as quatro bandeiras levou em conta, principalmente, o aumento na capacidade hospitalar na comparação com o índice de contágio da população. Explicou que existe certa dose de “subjetividade” e de confiança nessas regiões, sem deixar o alerta aceso para os próximos dias.

“É claro que a decisão recai numa ponderação, que usa os dados, mas que tem alguma dose de subjetividade, que é natural e desejável que se tenha. Afinal, há argumentos para que se feche tudo (estabelecimentos) com sua dose de razão, e de outro lado, que também têm razão, há aqueles que querem que se abra o máximo possível. Nós queremos estabelecer a melhor conciliação, preservando vidas, reduzindo taxa de contágio e mantendo os casos dentro da capacidade de atendimento, punindo o menos possível a economia, a renda e os empregos dos gaúchos”, destacou Leite em transmissão ao vivo pelas redes sociais.

Com a atualização, 52,9% da população gaúcha (5,9 milhões de habitantes) está sob restrições mais rígidas impostas pela bandeira vermelha. Dos 155 municípios classificados com nível alto, 87 podem adotar protocolos previstos na bandeira laranja por meio de regulamento próprio.

Isso porque se adequam à chamada “Regra 0-0” – não tiveram registro de hospitalização e óbito por Covid-19 de morador nos 14 dias anteriores ao levantamento. A condição é que mantenham os registros oficiais atualizados.

Durante a transmissão, Leite voltou a afirmar que o Estado passa pelo momento mais crítico – desde domingo (5/7) está na 28ª semana epidemiológica, quando historicamente a rede de saúde gaúcha registra aumento de demanda por doenças respiratórias e outras agravadas pelo frio e pode haver sobrecarga com os casos de Covid-19.

“Está nas nossas mãos termos menos restrições às atividades econômicas e que essas restrições se dêem em tempo e proporção menores. Estamos passando, nos próximos 15 dias, pelo momento mais sensível, mais difícil, especialmente na Região Metropolitana, devido a um aumento constante e persistente dos casos de coronavírus e de internações em leitos de UTI. Por isso, pedimos que nos ajudem, cumprindo os protocolos, especialmente nessas próximas semanas”, afirmou o governador.

A coordenadora do Comitê de Dados, Leany Lemos, também participou da transmissão e, mostrando gráficos comparativos do Rio Grande do Sul com outros Estados, indicou que a estratégia do Distanciamento Controlado tem dado certo.

“Estamos bem em relação ao resto do Brasil no número de casos, na situação de atendimento hospitalar e na taxa de óbitos proporcional à população. Mas não podemos esquecer que nosso objetivo é salvar vidas. O que a gente quer é que o menor número possível de famílias sejam afetadas por um óbito, por isso a importância dos leitos de UTI e de manter o alerta e o monitoramento dos indicadores, para não perdermos o controle da situação”, reforçou Leany.

PEDIDOS DE RECONSIDERAÇÃO

Enviados por formulário on-line, os pedidos de reconsideração apresentados por municípios e associação de locais classificados em vermelho foram em parte acolhidos pelo governo do Estado. A seguir, veja um resumo com as justificativas.

RECURSOS DEFERIDOS

Taquara: a região teve aumento de hospitalizações (de duas para seis), mas ainda permanece em um patamar baixo, o que permite que se observe o quadro ao longo desta semana para avaliar necessidade de impor restrições mais severas. Além disso, não tinha nenhum óbito e registrou um óbito. Pelos critérios associados, pularia direto da amarela para vermelha. Mas o Gabinete de Crise considerou que os dados ainda estão em níveis baixos e era pertinente manter na bandeira laranja.

Erechim: a região teve aumento na oferta de leitos, de 64 para 92 leitos UTI disponíveis (crescimento de 44%). Mas registrou aumento de internações, de 10 para 16. A análise levou em conta a estabilização do indicador de óbitos, decidindo pela manutenção na bandeira laranja. Embora se mantenha o alerta: a macrorregião Norte está sob alerta devido ao crescimento de internações.

Passo Fundo: região teve grande aumento na oferta de leitos de UTI (de 51 para 69) e também registra estabilidade no número de óbitos (de 10 foi para 12), sem uma tendência de aumento alto e constante. Por isso, o governo preferiu manter restrições menos rígidas e seguir observando os indicadores, mantendo o alerta.

Caxias do Sul: a região aumentou a disponibilidade de leitos (de 76 para 83) e, embora tenha observado aumento de internações (de 40 pessoas com Covid para 59), o que é preocupante, a grande oferta do sistema hospitalar levou à reconsideração e manter a Serra em bandeira laranja. Além disso, e inclusive tendo observado redução no número de óbitos com relação à semana anterior (havia sido 16 e passou para 12 óbitos). O alerta está mantido para que a região não tenha aumento de contágio além da oferta de leitos.

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