A falta de chuvas e a carência de água em nossos mananciais preocupa os membros da Defesa Civil do município de Soledade e de demais lideranças da região. Com isso, os gestores municipais se mobilizaram e praticamente todos emitiram seus decretos de situação de emergência  em virtude dos prejuízos contabilizados.

"Encaminhamos o nosso decreto de situação de emergência, ainda no mês de janeiro e somente agora, no dia 26 é que o Estado homologou, portanto,  demorou mais de um mês para o Governo Estadual dar uma resposta", ressalta a coordenadora da Defesa Civil no município, Aline Maciel.

"Pedimos encarecidamente que a população tenha consciência e não desperdice água, pois não é por que hoje eu tenho água, que amanhã eu vou ter. Infelizmente, mesmo com toda a estiagem, ao invés de o consumo de água por parte da população diminuir, ele aumentou", argumenta a coordenadora.

O monitor da Defesa Civil, e observador meteorológico, Paulo Henrique Pinheiro comenta que a situação quanto ao clima é preocupante. "É muito grave o que vivenciamos. Não se trata mais de uma estiagem e sim de uma seca, devido ao período que já ultrapassa os 3 meses de falta de chuvas. Nas cabeceiras do Espraiado, choveu da última vez  100 mm, entretanto a terra absorveu esta água como uma esponja".

Pinheiro alerta que os próximos dias ainda serão secos e com a umidade relativa do ar muito baixa, com isso, as pessoas devem ingerir água e umidificar os ambientes, já que até o dia 10/03, os modelos apontam para a não ocorrência de chuvas e forte calor.

"Segundo o Cptec, chuvas mais significativas para a nossa região poderão chegar, após o dia 11/03, mas mesmo assim não sei se será suficiente para reverter a seca", conclui o monitor.

Aline finaliza salientando que o racionamento de água não é descartado, ao longo dos próximos dias e que se o desperdício continuar a situação se agravará ainda mais, especialmente, para os moradores do interior e de municípios como Fontoura Xavier, em que Soledade tem auxiliado no fornecimento de água.

Quanto as perdas nas lavouras, conforme dados da Emater, referente a soja a queda chega aos 50% e em relação ao milho, o percentual atinge os 70.