O Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos Paulo Freire, sediado no Presídio Estadual de Soledade teve início em abril de 2018 no munícipio.

Desde aquela oportunidade, Rejane Portela Perin passou a acompanhá-lo, superando desafios diversos e objetivando a realização de um bom trabalho, sendo a única professora a candidatar-se para tal função.

Em 2021, mesmo tendo se aposentado, foi novamente redirecionada ao cargo por meio da indicação dos membros da 25ª CRE.

Atualmente, conta com cinco turmas multisseriadas em funcionamento, abrangendo desde o processo de alfabetização até o ensino médio. Os apenados não possuem obrigatoriedade de estar inclusos no processo, todavia, um total de 50 alunos está a este interligado, sendo que 29 participam das atividades normalmente.

Dentre os projetos em destaque, vale lembrar o de remissão para a leitura, sendo que o aluno lê um livro por mês, constrói a resenha e apresenta para uma comissão, sendo orientado pela professora de Língua Portuguesa. Para cada livro lido, quatro dias da pena são abatidos. Tal projeto está presente em grande parte das casas prisionais do país.

Outros, voltados para conhecimentos gerais e orientações diversas sobre a Dengue ganharam forma neste ano, além de palestras e visitas de autoridades policiais, atendendo a demanda e as especificidades da casa prisional sobre a qual os apenados encontram-se inclusos.

O NEEJA Paulo Freire conta ainda com uma organização semelhante as demais escolas, explica Rejane, visto que um número mínimo de dias letivos é instituído, além de férias e carga horária.

Os protocolos das casas prisionais são levados em conta, integrado por salas de aula, sala da direção e banheiros privativos. O quadro de professores encontra-se completo e um destaque vale ser lembrado – dois apenados que concluíram o ensino médio realizam faculdade à distância de gestão ambiental. A previsão é de que se formem no próximo ano, lembra a diretora.

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