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Após 53 dias, professores decidem encerrar greve no Rio Grande do Sul

por Nayam Franco

Alguns professores em Soledade continuavam com greve, apesar do retorno das aulas

Alguns professores do Cpers de Soledade continuaram paralisados, apesar do retorno as aulas
Foto: Nayam Franco/Rádio Cristal

Em assembleia realizada no início da tarde desta quinta-feira, 07/07, os professores da rede pública do Rio Grande do Sul decidiram encerrar a greve da categoria, iniciada em 16 de maio.

No entanto, as negociações sobre o reajuste salarial não avançaram no período, por conta da crise financeira. A categoria pedia reajuste de 13% retroativo a 2015, e mais 11% referente a 2016.

Em votação na Casa do Gaúcho, no Parque Harmonia, em Porto Alegre, a opção da maioria foi pelo fim da paralisação, após 53 dias. Segundo o Cpers-Sindicato, foi a maior greve dos últimos 25 anos.

A categoria, porém, ressalta que a mobilização acaba, mas será "fortalecida". O retorno às aulas ocorre na segunda-feira (11).

Apesar de não conseguir o reajuste salarial, o magistério comemorou a reposição dos dias de greve e a manutenção da gratificação por difícil acesso, ambos firmados em acordo com o governo do estado.

Na quarta (6), ocorreu o mais recente encontro entre o comando de greve do Cpers-Sindicato, liderado pela presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, e os secretários de Educação, Luís Alcoba, a adjunta, Iara Wortmann, e o chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi.

Na ocasião, o secretário Alcoba voltou a falar sobre o ponto dos grevistas e frisou que a reposição dos dias descontados será feita pelo governo estadual no fim da greve, desde que haja o compromisso de recuperar aulas, em um calendário que será reorganizado pelas direções de cada instituição.

Greve dos professores durou 53 dias

A grve dos professores e servidores da educação iniciou em 16 de maio, junto à mobilização dos estudantes que passaram a ocupar as escolas em diversas cidades, reivindicando melhorias no ensino público e na infraestrutura. A categoria pede o pagamento do piso nacional do magistério, reajuste de 13% retroativo a 2015, e mais 11% referente a 2016.

Durante a mobilização, prédios públicos foram ocupados, liberados com decisões judiciais. Houve ainda troca na Secretaria da Educação - o então titular Vieira da Cunha deixou a pasta para se candidatar à Prefeitura de Porto Alegre, nas eleições deste ano. Assumiu o adjunto Luís Alcoba.

A partir daí, seguiu-se uma série de encontros entre o comando de greve e o secretário da Educação discutiu a pauta de reivindicações do magistério. Algumas negociações, porém, não avançaram.

O governo gaúcho reforça que a crise financeira impede que haja acordo sobre a questão. O Rio Grande do Sul sofre com uma grave crise econômica que, desde 2015, tem provocado o parcelamento de salários e a contenção de despesas.

*G1

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