A falta de segurança no campo e o alarmante crescimento dos registros de abigeato - roubo de animais - é uma das grandes preocupações do setor rural. Em Soledade este assunto tem sido tema recorrente nas rodas de conversas, especialmente entre quem vive no meio rural.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Soledade, José Pedro Turella, o abigeato corre solto. Turella reclama que a vulnerabilidade do proprietário rural chega a ser maior durante o dia, pois ele deixa abandonada sua residência enquanto trabalha na lavoura.

A distância entre as propriedades também é revelada como uma preocupação, pois os agricultores acabam ficando isolados. José Pedro também chama a atenção para o furto e roubo de agrotóxicos, que chega a ser um crime descrito por ele como profissionalizado. 

Em dezembro, o governo do Estado anunciou, em Uruguaiana, o lançamento das unidades especializadas de fronteira. Estes grupamentos da Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias irão atuar de forma integrada em operações de prevenção e repreensão de crimes em áreas fronteiriças e no combate ao abigeato.

No entanto, a realidade em nossa região é outra. Conforme o líder sindical soledadense, em conversas mantidas com o comandante da Brigada Militar, capitão Boscardin e com o delegado Marcus Vinícius Veloso, lhe foi dito que não há efetivo suficiente para realizar as ações da Patrulha Rural.

Inconformado com a situação, José Pedro Turella relatou que não medirá esforços para buscar alternativas que possam amenizar tal situação.

Ouça a entrevista com José Pedro Turella, na íntegra.