Além da estiagem que prejudicou a colheita do soja, os agricultores têm outra preocupação: o preço do grão, pois valor vem caindo dia após dia. Segundo o engenheiro agrônomo Romeu Scipioni, essa queda é influenciada principalmente pelo preço do bushel, do dólar e pelo premium.

“A situação que temos hoje é o bushel, que é cotado em dólar, a pouco mais de R$ 14 reais, o dólar batendo a casa dos R$ 5 reais e o premium, que atualmente está bem negativo. O premium é um bônus que pode ser positivo, quando o comprador quer bastante produto e o produtor não quer vender ou negativo, que é quando os compradores não têm interesse em comprar o soja”, explicou Romeu.

De acordo com o engenheiro agrônomo, isso acontece porque a pressão de venda está muito grande e o Brasil não tem capacidade de armazenamento. “Quem tem dinheiro vai comprar de quem vende mais barato. E nesse momento, se a alta oferta desse produto diminuir, a expectativa é de que haja uma reação de preço e ele possa voltar a melhores patamares”, pontuou.

Nesse momento, o que o agricultor pode esperar do valor? Será que é a hora certa para vender? “Essa é uma receita bem difícil. Mas se nós soubéssemos, iriamos vender quando o preço está alto e comprar quando está baixo. Mas para de repente amenizar isso, o produtor pode vender o seu soja parcelado, ele não vai pegar sempre o melhor preço mas também não vai pegar o pior”, concluiu Romeu.

Texto: Carolina Giongo/Tua Rádio Cristal

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