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Diretor do Simers avalia o uso da Telemedicina no interior do estado

Baixar Áudio por Camila Agostini

Fernando Uberti Machado afirma que o sistema, liberado em caráter excepcional pelo CFM, é mais utilizado em áreas e regiões específicas

No momento em que enfrentamos uma crise sanitária é inevitável que também os profissionais de saúde recebam a devida atenção. Médicos, enfermeiros, demais agentes da área estão no que chamamos de linha de frente do enfrentamento ao novo coronavírus e, claro, acabam também sendo vítimas do novo coronavírus.

São muitos os planos do próprio Simers, o Sindicato Médico do RS, para conter o avanço da doença entre esses profissionais da saúde e um dos pontos que ganha repercussão nesse contexto é o da telemedicina.

A Tua Rádio Alvorada conversou com o psiquiatra Fernando Uberti Machado, Diretor de Interior do Simers. O médico explica que o Conselho Federal de Medicina decidiu reconhecer a possibilidade e a eticidade de uso da telemedicina no País em caráter excepcional e enquanto durar o combate à pandemia de COVID-19.

De um modo geral, como explica o médico, a Telemedicina é o exercício da medicina por meio da utilização de metodologias interativas de comunicação, como, por exemplo, ligações de vídeo por meio de aplicativos como whatsapp e skype.

No interior do Rio Grande do Sul, afirma o diretor, a utilização desse sistema de atendimento ainda é bastante atípico: "Até porque boa parte dos pacientes está se sentindo confortável de frequentar consultórios e clínicas, os profissionais estão seguindo asrecomendações so Ministério da Saúde e Secretaria Estadual. Dessa forma, aTelemedicina tem ganhado força em algumas áreas e regiões específicas". 

Os serviços podem ser prestados, desde que com infraestrutura tecnológica apropriada e atendendo as normas técnicas do CFM pertinentes a confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional. Porém, como destaca o Fernando, o sistema tem outras limitações, o próprio exame físico, que não é possível, e definições relativas a prescrições, por exemplo. “Nesse caso, para a prescrição há a necessidade do que chamamos de certificação digital, para evitarmos fraudes e falsificação de atestados. Essa certificação é feita por somente algumas instituições do país, não são muitas”, ressalta o médico.

Também o atendimento pelo SUS se mostra, ainda, ser bem restrito: “infelizmente, ainda temos uma infraestrutura deficitária no SUS. Uma grande parte das unidades de saúde não tem nem sistema eletrônico. E para termos estrutura para fazer uma chamada de vídeo, por exemplo, é preciso mínimas condições de informatização”.

A entrevista completa com o diretor está disponível no player de áudio e na página oficial da Tua Rádio Alvorada no Facebook.

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