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Depressão em jovens: precisamos falar sobre o assunto!

por Deise Pagotto

Transtornos mentais tem se tornado frequentes nos jovens

Foto: Foto: Ilustrativa

É difícil entender e aceitar que uma geração cheia de vida e cheia de energia, possa ter depressão tão cedo. É difícil entender o que falta para essa geração que é conectada com o mundo e quem tem o mundo em suas mãos. A explicação pode estar em uma frase: Os jovens dominam tudo, mas ainda não sabem dominar as emoções.

Atualmente, a precocidade vem acompanhada de muitos transtornos mentais, entre eles, a depressão. De acordo com o Psiquiatra, Dr. Eduardo Melo, não se sabe definitivamente o porquê os jovens estão tendo cada vez mais cedo depressão, embora tenha já algumas tentativas de explicação. Mas “geralmente está associado à fase final da adolescência e início da idade adulta, período em que os jovens tem que começar a decidir uma carreira profissional, começam a ter mais responsabilidades, muitas vezes vão morar fora de casa, e por vezes os jovens não estão preparado para isso e aí começa a aparecer os sintomas depressivos”, explica.

Segundo Melo, a depressão pode derivar da relação do jovem quando criança  com os pais. “A gente sabe que o afeto é a relação mais importante para as crianças, e quanto menor as crianças, quanto mais novas, o cuidado com essas crianças é fundamental. Hoje em dia com a correria do dia a dia, não se tem mais tempo para se cuidar como se deveria das crianças, inclusive de se oferecer afeto”, comenta.

No mundo da correria, não tem afeto, não tem carinho, não tem brincadeiras e atenção dos pais. Todos estão preocupados em competir, em possuir bens e se esquece de oferecer afeto em casa. A solução que se toma é dar o celular para a criança, do que brincar com ela.

“A parte intelectual dos jovens vai muito bem obrigado. Cada vez mais gerações de crianças espertas, mas a parte emocional não caminha na mesma proporção que a parte intelectual. As crianças são vazias de afeto e se querem preencher isso com objetos, com bens materiais. A partir daí surge o jovem depressivo atual”, salienta o psiquiatra.  

Pequenos detalhes e comportamentos dão o indicio de depressão. “A família começa a perceber que esse jovem está com o comportamento muito distante do que costumeramente teria. Pessoas que começam a ficar mais quietas, não tem vontade de sair e tendo atitudes diferentes, mais trancados em seus quartos, podem estar com depressão”, alerta.

Para os transtornos e a depressão, existem hoje diversos tratamentos e medicamentos, mas “o remédio, não substitui o afeto. O melhor que os pais podem dar para os filhos é o cuidado, o carinho e atenção. Prevenir é isso! É o melhor remédio para as questões emocionais atuais e do futuro, sem isso a vida vai se tornar cada vez mais fútil, mais vazia e os transtornos mentais tende a aumentar”, finaliza Melo.

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