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HSVP registra aumento no número de doações de órgãos

por Rudimar Galvan

Entidade comemora

Anúncio foi feito nesta sexta-feira.
Foto: Divulgação/HSVP

A escolha pela doação de órgãos é um gesto que simboliza solidariedade e amor ao próximo. O sim de uma família para a doação cria um elo pela vida e dá esperança à tantas pessoas que aguardam na fila por um transplante. O Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) de Passo Fundo desenvolve a campanha permanente Doação de Órgãos: uma corrente pela vida, e ao longo dos seus 98 anos, trabalha e incentiva esta causa.

Em 2016, o HSVP registrou a doação de 32 córneas, 22 rins, 10 fígados e 43 segmentos ósseos, totalizando 107 órgãos, número maior que 2015 quando quando foi contabilizado a doação de 36 córneas, 25 rins, nove fígados, um coração para válvula, um pâncreas e dois pulmões. Em relação aos transplantes, ouve uma diminuição. Em 2016 foram realizados 32 transplantes de córnea, 17 de rins, 17 de fígado e 51 de tecido ósseo. Já em 2015 foram realizados 60 transplantes de córnea, 21 de rins, 12 de fígado e 50 de tecido ósseo.

Segundo o coordenador da Organização por Procura de Órgãos e Tecidos (OPO-4RS) Cassiano Crusius, o aumento no número das doações está atrelado a um trabalho intenso e contínuo das equipes. “Cada vez mais a população têm se conscientizado da doação. Além disso, as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT's) juntamente com a OPO vem trabalhando intensamente na identificação de possíveis doadores, bem como no atendimento e suporte das famílias de doadores e transplantados”, enaltece Cassiano, reiterando que a perspectiva é que neste ano, novamente as doações aumentem, já que o ano começou positivo. “Já registramos uma doação de múltiplos órgãos. Além disso, também temos o apoio das CIHDOTT's da região que registraram 29 doações no ano passado. Com isso acreditamos em um aumento nas doações em 2017”.

A CIHDOTT e a OPO são os setores responsáveis por encaminhar pacientes para lista de espera, organizar a documentação de liberação para que a doação seja efetivada, comunicar ao paciente que receberá a doação e acompanhar todo o procedimento desde a chegada do doador até a realização do transplante de órgão. Cassiano explica que a família do possível doador só será abordada após os exames e a conclusão de que o paciente teve morte encefálica por isso, a comissão atua no amparo dessa família desde a entrada do paciente potencial doador. “Quando um protocolo de morte encefálica é iniciado começa uma corrida contra o tempo.

A equipe da CIHDOTT faz a abordagem à família para saber se esta autoriza ou não a doação de órgãos. Se autorizado a doação, iniciam a realização dos exames e protocolos de doação”, relata o neurologista. “É um processo que as vezes é demorado. Uma série de exames são realizados para identificar alguma contraindicação à doação e também para saber a compatibilidade deste doador com outras pessoas. Depois a Central de Transplantes, localizada em Porto Alegre, analisa a lista de espera para ver se há um receptor disponível para receber o órgão. Localizado esse paciente , ele tem que se deslocar até o hospital transplantador, para que então, o procedimento de retirada dos órgãos do doador inicie”, exemplifica Crusius afirmando ainda que, a família recebe o corpo do ente querido sem deformações, já que são colocadas próteses no lugar dos órgãos retirados.

Avise sua família

 A única maneira de tornar-se doador é com autorização da família, por isso o desejo deve ser transmitido aos familiares. “Apesar de todo o sofrimento que a família está passando pela perda de um ente querido, eles precisam entender que, podem fazer o bem para outras pessoas que estão na fila por um transplante. Quando a doação é manifestada ou não em vida, a decisão se torna mais fácil para a família que está consternada pela perda”, esclarece a enfermeira da OPO4-RS, Fabiana Dal Conte, reiterando que os procedimentos para a comprovação da morte encefálica são realizados por uma equipe multiprofissional especializada e são totalmente seguros.

A continuidade da vida

Há seis meses, Antonio Nicolini, 62 anos, de Espumoso, ganhou uma nova chance de vida quando realizou o transplante de fígado. O sim de uma família lhe devolveu a esperança e a alegria. “A minha situação era crítica. A cada dia que passava eu pensava que ia morrer. Então, quando chegou a notícia de que havia um órgão foi uma felicidade muito grande”, relata Antonio emocionado, agradecendo ao doador. “Não tenho palavras para agradecer esse gesto. Rezo para que essa família fique bem e digo que eles fizeram toda a diferença na minha vida. As pessoas precisam se conscientizar da importância da doação, a vida pode continuar em outra pessoa. Doe órgãos”, aconselhou.

Dúvidas frequentes

Muitas pessoas ainda possuem muitas dúvidas e receios em relação a doação de órgãos. Por isso, é importante buscar informações, conversar com amigos e familiares. No site www.hsvp.com.br é possível encontrar respostas para algumas perguntas frequentes e caso queira saber mais o telefone para contato é (54) 2103 4058

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