"É preciso falar sobre suicídio e desmistificar a saúde mental", defende médico
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Foto: Reprodução/Donders Wonders
Pelo menos 17% da população brasileira já pensou em cometer suicídio. Dezessete a cada cem pessoas tem essa ideia fixa, pelo menos em algum momento da vida, destas, cinco já elaboraram planos, três já tentaram tirar a própria vida e uma já precisou de atendimento médico em decorrência do fato. Sem contar, as que chegaram ao objetivo. Os números foram divulgados pelo psiquiatra Eduardo Tedeschi, em entrevista para a Tua Radio.
Para reverter os dados, segundo ele, é preciso derrubar o mito de que não se pode falar sobre atitudes suicidas. Tanto que o médico acredita que a própria escola, seja um local para diálogos sobre o tema. As mudanças de comportamento, segundo ele, em sua maioria, são indicativos de problemas e sofrimentos psíquicos. O mesmo se aplica aos ambientes de trabalho e familiar.
Tedeschi explica que nos dias de hoje, para a medicina e para a psicologia, o pensamento suicida é considerado um sintoma dos transtornos psíquicos. “É como uma febre, que pode significar pneumonia”, explica ele. Depressão, stress, ansiedade e até esquizofrenia, podem ser o diagnóstico para a pessoa que tem pensamentos suicidas. A prevenção do suicídio torna-se fundamental nesse sentido, garante o médico, com a realização do tratamento dessas doenças. Ele explica que o acompanhamento pode ser psicoterápico ou farmacológico, ou, ainda, unindo ambos: terapias e remédios.
O psiquiatra, que atua no Hospital Cristo Redentor de Marau, revela que é objetivo dos profissionais da área, desmistificar o funcionamento das equipes de saúde mental e mostrar para a comunidade, que não é feio procurar ajuda. A busca por um profissional não deve ser a última saída, conforme Tedeschi. Ter acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, defefende ele, não signfica que a pessoa está louca e sim, que busca uma melhor qualidade de vida.
Sua entrevista, na íntegra, está no player de áudio.
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