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Endocrinologista ressalta importância do apoio familiar no tratamento de doenças

por Ana Lúcia Jacomini

Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes

João Batista Jornada Ben é médico endocrinologista do HCR
Foto: Divulgação/HCR

O Dia Mundial do Diabetes foi criado em 1991 pela Federação Internacional de Diabetes em conjunto com a Organização Mundial da Saúde em resposta às preocupações sobre os crescentes números de diagnósticos no mundo. O dia 14 de novembro foi escolhido por marcar o aniversário de Frederick Banting, descobridor da insulina em 1921. O tema deste ano: “A Família e o Diabetes” busca mostrar que o envolvimento com o diabetes deve ser de toda família.

Estimativas sugerem que hoje existam cerca de 425 milhões de diabéticos no mundo (6,5% da população adulta), e esse número poderá chegar a 640 milhões em 2030. O DM (Diabetes mellitus) atinge hoje 16 milhões de brasileiros, tendo tido um aumento de mais de 60%, na última década.

De acordo com o Endocrinologista do Hospital Cristo Redentor, Dr. João Batista Jornada Bem, “o maior responsável por esta pandemia é o estilo de vida moderno, baseado em alimentação industrializada, de alto valor calórico e pouco valor nutritivo e associado ao sedentarismo”. Este aumento da prevalência de DM2 tem ocorrido inclusive em crianças e adolescentes.

Ainda conforme exmplica o Doutor João Batista, nas fases iniciais da doença (5 a 10 anos do desenvolvimento do DM), até 50% das pessoas diabéticas desconhece­­­m tê-la, pois na maioria das vezes ela é pouco sintomática ou os sintomas são vagos, podendo ser atribuídos a outras doenças ou fatores do nosso cotidiano. “Quando presentes, os sintomas mais frequentes são sede excessiva, urinar em excesso, turvação visual, cansaço, perda de peso inexplicado e infecções frequentes”, explicou.

Ele ressalta ainda que, “após desenvolver o diabetes, o risco de desenvolver complicações aumenta de 3 a 5 vezes em relação aqueles sem diabetes”.  “Estas complicações são responsáveis por grande parte dos pacientes, com descolamento de retina, catarata, cegueira, diálise, amputação em membros inferiores/pés/dedos e principalmente doenças cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral). Tem havido aumento significativo destas complicações com o passar dos anos e, este aumento, pode ser explicado em razão da demora diagnóstica, do não acompanhamento adequado, da falta de acesso ao sistema de saúde e as novas terapias”, destacou.

Prevenção e tratamento

A prevenção e tratamento do DM com medidas baseadas em adequação de hábitos de vidas, representada por alimentação adequada e atividade física regular são capazes de reduzir em 58% o risco de pessoas com glicose pouco alterada (pré-diabetes) em desenvolver DM em seis anos de seguimento.

O tratamento com adequação do estilo de vida é responsável por aproximadamente 50-70% da eficácia (controle do diabetes). Aliado às medidas farmacologias, com acompanhamento adequado por profissionais capacitados (médicos, enfermeiros, educadores físicos, nutricionistas), conseguimos prover uma saúde semelhante aos não-diabeticos.

Para o endocrinologista, para que isso ocorra, o engajamento da família é fundamental: “A família é olho do profissional de saúde no dia-a-dia do diabético; ela é o diferencial. Assim, quanto mais a família souber sobre o DM e quanto mais toda família adotar práticas saudáveis de saúde, melhores resultados teremos. Por fim, ‘a família e o Diabetes’, representam a promoção à saúde, com diabéticos atuais saudáveis e a prevenção de novos diabéticos em nosso ciclo familiar.”, finalizou.

Fonte: Assessoria de Imprensa do HCR

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