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Morre Dom Ercílio Simon, arcebispo emérito da Arquidiocese de Passo Fundo

por Ana Lúcia Jacomini

Ele estava interndo

Dom Ercílio estava com 68 anos
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Passo Fundo

Faleceu, na manhã desta segunda-feira, 01/06, no Hospital São Vicente de Paulo, o arcebispo emérito da Arquidiocese de Passo Fundo, Dom Pedro Ercílio Simon. Aos 78 anos, Dom Ercílio lutava contra as complicações do Mal de Parkinson e do Mal de Alzheimer. Devido às restrições impostas pela pandemia do Covid-19, o velório será na Catedral Metropolitana das 12h até as 16h, seguida da Missa de Exéquias.

Como sacerdote natural de Ibiaçá, Dom Ercílio nasceu no dia 09 de setembro de 1941 e ingressou no Seminário aos 10 anos de idade, na primeira turma de seminaristas da recém formada Diocese de Passo Fundo. A ordenação presbiteral aconteceu junto com a do irmão, padre Irineo Simon, no dia 12 de dezembro de 1965. O lema escolhido revelava o seu pensamento a respeito do sacerdócio: “Sacerdote de Deus a serviços dos homens”.

Atuou, então, na Diocese de Erexim e, ainda, como Vigário Geral na Diocese de Passo Fundo e, também, como promotor vocacional, coordenador de pastoral e primeiro reitor do Seminário Nossa Senhora Aparecida. Também exerceu o presbitério na Catedral Nossa Senhora Aparecida, nas paróquias São Judas Tadeu, São Cristóvão e Sagrado Coração de Jesus.

Foi Dom Ercílio, também, que, em 1981, estava a frente da primeira Romaria Diocesana em honra à Nossa Senhora Aparecida. Em entrevista por ocasião dos 40 anos do Seminário, em 2017, o arcebispo contou que não imaginava que a devoção à padroeira do Brasil seria tão forte na Arquidiocese.

“Ninguém jamais poderia imaginar que como conseqüência da escolha do nome de Nossa Senhora Aparecida, surgiria o grande movimento em torno dessa devoção. Se alguém tivesse imaginado a afluência de tantas pessoas, certamente teríamos construído o prédio do Seminário pelo menos cem metros mais terreno adentro, para dar lugar a uma praça maior para receber a multidão de pessoas na Romaria. A Romaria tem um cunho devocional para o povo, mas nunca deverá perder o seu cunho vocacional para a juventude. Me parece que os caminhos de Deus sempre passam pelas mãos de Maria”, colocou, na época.

Bispo

Mais tarde, em dezembro de 1990, foi ordenado bispo com o lema “Em nome de Jesus” e atuou na Diocese de Cruz Alta, como bispo coadjutor, entre 1991 e 1995. De 1995 a 1998 foi bispo diocesano de Uruguaiana. No dia 17 de novembro de 1998 tomou posse como bispo coadjutor de Passo Fundo e no dia 19 de maio de 1999, substituiu Dom Urbano Allgayer e assumiu como bispo diocesano. Atuou, junto ao Regional Sul 3 da CNBB, como Secretário Geral de 2001 a 2004 e como Bispo Referencial para a Pastoral dos Migrantes. Com a elevação da Diocese de Passo Fundo à Arquidiocese, Dom Ercílio recebeu, no dia 29 de junho de 2011, do Papa Bento XVI, o distintivo de Arcebispo. Pouco mais de um ano depois, em 16 de setembro de 2012, tornou-se Arcebispo emérito em função dos seus problemas de saúde.

Pensamento

Em 2015, quando completou 50 anos de sacerdócio e 25 anos de bispo, disse, em entrevista ao Jornal Presença Arquidiocesana, sonhar com o futuro que surgia para ele, para a Igreja e para o mundo. “Em meu jubileu de ouro sacerdotal, mais do que olhar para trás no tempo, fico sonhando com os tempos futuros que o Senhor ainda prepara para mim. Sonho com a ‘nova criação’, com os ‘novos céus e novas terras’, como diz Isaías, com o mundo novo que vai surgir, onde Deus será o Senhor absoluto, a alegria eterna, a realizar plenamente meu coração de criatura”, destacou o arcebispo que, em todo o seu ministério batizou milhares de pessoas e somou mais de 100 mil crismas. “Gastei meu tempo de vida, dedicando minhas forças, minha saúde – que era boa, minha capacidade de amar, para que se realize o venha a nós o vosso reino”, ressaltou, na época.

“Um mundo de mais amor e mais fé”

Em seu livro, “Nossos padres, nossos heróis”, Dom Ercílio destacou a importância de olhar para o jovem. “Eu diria para que os jovens não tenham medo de avançar para águas mais profundas na doação a Cristo, à Igreja e aos irmãos”, destacou. “A vida passa de qualquer maneira e é tão bom sentir e saber que se soube usá-la para o bem, para Deus e para os irmãos, dando uma parcela de contribuição para um mundo de mais amor e mais fé”, colocou.

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