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CEEE contesta denúncias decorrentes do baixo volume de água na Barragem do Capingui

por Camila Agostini

Nível chegou a marcar 4,5 metros abaixo da marcação considerada normal

Foto: Octa Drones

O baixo nível da água na Barragem do Capingui preocupa a comunidade regional. Segundo relato de frequentadores e proprietários de imóveis no local, o volume do alagado é o menor dos últimos anos. A estiagem que pode acometer a região no verão, geralmente, justifica a mudança do cenário. Ocorre que os índices pluviométricos se mantém estáveis e a população cobra explicações da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica - CEEE, responsável pela utilização da água para funcionamento da Usina Hidrelétrica Capingui, bem como da Fepam, que emite a licença para a devida concessão.

A área total da barragem é de 637 hectares. Dos 43 quilômetros de orla, 33 pertencem ao Município de Mato castelhano, ou seja, três quartos do perímetro. Segundo Rafael Tim, que responde pelo setor de fiscalização ambiental da cidade, prefeitura e Associação de Moradores do Entorno da Barragem - ABACAPI se mobilizam em busca de esclarecimentos quanto à administração do reservatório da usina, tendo em vista que a água da barragem apresenta queda de 4,5 metros com relação ao nível considerado normal. “Essa baixa de água no verão vem ocorrendo nos últimos 10 anos. Mas nós tivemos um volume de chuva de 200 milímetros no mês de janeiro e a água, que deveria ser utilizada somente para controle de uma possível estiagem e não para controle da geração, continua baixando”, afirma Tim – ouça no player de áudio.

Em 2015, conforme explica Tim, o Ministério Público instaurou procedimento administrativo para acompanhar a situação: “Na época foi realizado um estudo de monitoramento de vazão por uma empresa contratada pela Associação dos Moradores. O levantamento foi encaminhado ao DRH (Departamento de Recursos Hídricos do Estado do Rio Grande do Sul) e à Fepam. Até o momento, porém, não houve manifestação de ambos sobre o assunto. Estamos aguardando por respostas”.   

Em contato com a reportagem da Tua Rádio Alvorada, Marcelo Frantz, Chefe da Divisão de Instalações da CEEE, explica que a precipitação tem relação com o esvaziamento do reservatório da usina e é normal que haja redução do nível de água em determinados períodos do ano. De acordo com o gestor, embora nos meses de outubro e novembro foi verificada chuva acima da média, o período atípico também impacta a capacidade de regularização do rio e parte do volume de água acaba sendo perdida por absorção, bem como pela evaporação, fenômeno comum, principalmente, nos períodos de temperaturas mais altas. Frantz diz que, ainda, que as denúncias apontadas por usuários da área em que está localizada a Usina do Capingui ocorrem com maior frequência na época de veraneio. Os relatos, conforme afirma o gestor, não são considerados procedentes e no local não se identifica casos de impacto ambiental – ouça no player de áudio.

Em alguns relatos, constata-se que a precipitação possa estar comprometendo, inclusive, a reprodução e sobrevivência de peixes. Segundo Frantz, a coordenadoria de Meio Ambiente da CEEE não identificou casos deste tipo, embora tenha sido enviada à companhia, vídeo e fotos em que se visualizam animais mortos às margens da barragem. Os peixes, aponta Frantz, podem ter sido estrategicamente posicionados para que a imagem fosse produzida. “Esse dado acaba não tendo nenhum tipo de crédito. Foi uma foto montada”, afirma.

A Usina Hidrelétrica do Capingui tem uma potência instalada de 3,7 megawhats. Em sua capacidade máxima está apta para abastecer até 37 mil pessoas que fazem uso residencial da energia.

Ambas as entrevistas estão disponíveis no player de áudio.

 

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