O Dia Mundial do meio ambiente, criado pela ONU em 1972, é comemorado nesta quarta-feira, dia 05/06. Para falar sobre a importância desse dia e sobre crimes ambientais, a Tua Rádio Alvorada conversou com o Tenente Coronel Alessandro Bernardi dos Santos, do Terceiro Batalhão Ambiental da Brigada Militar.

“A proteção ambiental deve fazer parte do nosso dia a dia, e devemos ter a consciência de que o planeta não é nosso”, diz o Tenente Coronel, comandante do Batalhão, que tem foco na proteção da fauna, flora e recursos hídricos do nosso estado, além de lidar contra a poluição. 

O batalhão atende 239 municípios do Rio Grande do Sul, o que é aproximadamente 50% do estado. Eles atuam indo aos locais onde há casos de crimes ambientais para averiguar, e aplicando a devida pena. As denúncias são localizadas com ajuda de tecnologias como o programa Map Biomas, que monitora zonas ambientais com tecnologia de imagens via satélite e drones de alta qualidade. Também é possível realizar denúncias, sejam anônimas ou não, na própria delegacia, ou ligando no disque denúncia 0800-031-2146 da FEPAM, ou de outros órgãos públicos que direcionam as denúncias ao batalhão.

Além disso, eles trabalham com projetos de educação para conscientizar a respeito da chamada “Cidadania Ambiental”, que é a consciência de cuidar do meio ambiente, já que nós precisamos dele. Um dos projetos é o “Patrulheiro Ambiental Mirim”, que desde 2004 ensina às crianças as tarefas dos patrulheiros, e assim conscientizar não só as crianças e as futuras gerações, mas a comunidade onde a criança está inserida.

O Tenente Coronel ressalta que os crimes ambientais têm consequências legais, de acordo com a lei nº 9.605, decretada pela União em 1998, onde estão previstas sanções penais desde multas até reclusão social, podendo chegar a 6 anos de pena. No RS, são mais de 50 leis e 100 decretos que regulam as penas aos crimes ambientais. 

Já sobre a situação de calamidade no início do mês de maio, o Tenente Coronel Alessandro, que é morador do Vale do Taquari, comenta: “Há um comportamento individual, coletivo, e do poder público, e somos todos responsáveis, desde quem não faz a gestão de resíduos até questões de ordenamento urbano, todos temos uma parcela de culpa”.