Nesta semana, a comissão de profissionais que faz a gestão da reforma interna da Igreja Matriz Cristo Rei de Marau fez a entrega dos laudos solicitados pelo Ministério Público, na audiência realizada no início de outubro. Na ocasião, o promotor Fabrício Allegretti determinou mais uma diligência para diagnosticar o quanto se poderia restaurar do piso de ladrilhos. O diagnóstico, segundo ele, deve ser a base do  termo de ajuste de conduta entre a comissão da reforma e o profissional que questiona, na Justiça, a retirada dos ladrilhos.

Conforme o arquiteto Dorval Menegussi, os laudos apontam aquilo que a comissão já havia observado: é impossível restaurar, já que o processo danificaria por completo os ladrilhos. Além disso, segundo ele, o contrapiso não é o adequado e apresenta elevado índice de umidade. “Não vejo outra saída a não ser a remoção desses ladrilhos, só que infelizmente boa parte vai se perder, mas ainda continuamos com a intenção de recuperar o que for possível, como é o caso das duas capelas, para ali deixar uma história”.

A proposta de restaurar o original, dentro das possibilidades, foi anunciada pelo pároco de Marau, Frei Miguel Debiasi, desde o momento em que o assunto da reforma foi levantando. Tanto é, que a própria Rádio Alvorada fez uma campanha para que as pessoas que tivessem fotos antigas da Matriz, emprestassem estas imagens para a comissão.  A obra está parada há mais de seis meses. Menegussi acredita que o termo de ajuste de conduta que vai ser apresentado pelo Ministério Público, ainda neste mês de novembro, permita a retomada dos trabalhos, mas que isso só deverá acontecer no ano que vem.